IPO do Nubank: Quais são os riscos para o pequeno investidor?

A oferta inicial de ações do banco digital não deve ser a primeira escolha de quem está começando a investir em renda variável, diz Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Research

Danielle Lopes, sócia e analista de ações da Nord Research, explica quais são os riscos de entrar na oferta inicial de ações (IPO) do Nubank. Segundo ela, existem riscos para o investidor porque a empresa ainda não gera lucros, por isso não deve ser a primeira escolha de quem está começando a investir em renda variável.

“Pagar adiante por um crescimento que ainda não veio tem um risco muito grande embutido”, explica Lopes. “Quem aporta nessa categoria de investimentos são fundos e empresas grandes. Ali, você faz um portfólio de dez, quinze, vinte empresas com muito dinheiro. Um investimento que dá certo paga tudo. Mas olha o risco.” O investidor pessoa física, segundo Danielle Lopes, não está nesse universo. Ao investir no IPO do Nubank, diz, essa pessoa “daria um passo maior do que a perna”.

Quais são os riscos do IPO do Nubank?

Mesmo assim, há quem queira investir no IPO do Nubank. O que esse investidor precisa saber? Segundo Danielle Lopes, é preciso levar em consideração que existe “risco de não crescer, de não entregar o crescimento prometido”. Caso isso aconteça, o “mercado vai começar a punir”. Ou seja, o preço das ações vai sofrer.

De maneira geral, explica Lopes, o pequeno investidor sabe menos do que o institucional. Isso acontece “porque ele não conversa com a empresa, ele lê um prospecto”. O nome dado a essa disparidade é “assimetria de informação”, diz. “Você entra sabendo menos que os demais investidores”.

Fundado em 2013, o Nubank tem crescido com rapidez. Segundo dados do terceiro trimestre de 2021, o banco tem uma média de 2,1 milhões de novos clientes por mês. No total, são 48,1 milhões de clientes, sendo 35,5 milhões deles ativos mensalmente.

O Nubank ganhou destaque por oferecer cartões sem anuidade de forma totalmente digital. Segundo a empresa, isso possibilitou o acesso a “um espectro muito mais amplo de clientes. Desde usuários de cartões mais sofisticados até aqueles que estão apenas começando”. Muitos deles, desbancarizados. A empresa opera, além do Brasil, no México e na Colômbia. Já tem um escritório na Argentina para estudar o mercado local e eventualmente dar início a uma operação no país.

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