Pesquisa FSB/BTG: Sem Janones, Lula volta a abrir vantagem sobre Bolsonaro

Petista sobe 4 pontos, enquanto atual presidente fica estacionado

A nova rodada da pesquisa Instituto FSB/BTG Pactual, divulgada nesta segunda-feira (15), mostra que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuperou terreno frente a Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial. No cenário estimulado do primeiro turno, quando o nome dos candidatos é apresentado aos entrevistados, Lula subiu de 41% para 45% das intenções de voto. Já Bolsonaro permaneceu com 34%.

Ciro Gomes (PDT) avançou de 7% para 8%. Simone Tebet (MDB) permaneceu com 2%. Os demais candidatos somaram juntos 2%. Brancos, nulos e indecisos totalizaram 8%

Segundo o relatório da sondagem, o petista cresceu influenciado principalmente pela desistência de André Janones (Avante), que até então tinha 2% das intenções de voto. O ex-presidente, que buscará um terceiro mandato, ainda conseguiu atrair eleitores indecisos ou que falavam em anular seus votos.

Com Bolsonaro mantendo os 34%, a diferença entre os dois líderes na pesquisa voltou a crescer. A distância, que era de 7 pontos, agora subiu para 11 pontos.

Na simulação do segundo turno, o candidato do PT também ampliou sua margem em relação ao atual mandatário. Lula passou de 51% para 53%, enquanto Bolsonaro oscilou de 39% para 38%.

O levantamento indica que, em princípio, o efeito positivo que a redução no preços dos combustíveis poderia ter na intenção de voto de Bolsonaro em grande parte já se realizou: o percentual dos que perceberam a baixa do valor nas bombas ficou estável em quase 2/3 do eleitorado (64%). E também não cresceu a fatia do eleitorado que enxerga no governo federal “a paternidade” da redução.

A consulta traz ainda um dado econômico importante: apesar da melhora do quadro inflacionário, apenas 21% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira individual melhorou nos últimos 30 dias. Outros 44% dizem que permaneceu igual e 34% dizem que ela piorou.

Assim, a avaliação do governo Bolsonaro interrompeu sua trajetória de melhora e estabilizou-se em 33% de ótimo/bom, 21% de regular e 44% de ruim/péssimo. A taxa de aprovação do jeito de governar do presidente também não voltou a melhorar.

A pesquisa FSB/BTG Pactual ouviu 2 mil pessoas por telefone entre os dias 12 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00603/2022.