União Europeia pode banir importação de petróleo russo na próxima semana

A possibilidade da nova sanção do bloco em resposta à invasão da Ucrânia foi revelada pelo jornal americano 'The New York Times'

Os países da União Europeia (UE) podem aprovar já na próxima semana um embargo gradual ao petróleo russo, como parte das sanções implementadas pelo bloco em resposta à invasão da Ucrânia.

A possibilidade de acordo foi revelada por fontes europeias ao jornal americano “The New York Times”. As negociações devem continuar ao longo do fim de semana para acertar detalhes da proposta que será apresentada pela Comissão Europeia.

A expectativa é que os embaixadores dos 27 países do bloco se reúnam para discutir o plano na quarta-feira e que o aprovem até o final da próxima semana, segundo as autoridades europeias ouvidas pelo “NYT”.

Um embargo ao petróleo russo começou a parecer mais realista nesta semana, quando o vice-primeiro-ministro da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que a medida já seria “administrável” pelo país.

A Alemanha era um dos países que mais resistia ao embargo. Antes do início da guerra, o país comprava 35% de seu petróleo importado da Rússia. No entanto, esse percentual foi reduzido para cerca de 12% nas últimas oito semanas, segundo Habeck.

O “NYT” destaca que apenas uma exigência de última hora da Hungria, liderada por Viktor Orbán, aliado de Putin, pode impedir que a UE proíba as importações do petróleo russo, uma medida que representaria um grande golpe para a Rússia.

Como parte das sanções ao governo de Putin, a UE anunciou recentemente um embargo ao carvão russo. O bloco acertou um prazo de quatro meses para que a medida seja totalmente implementada, algo que deve se repetir na proibição de compras de petróleo, segundo o “NYT”.

Mesmo que o embargo implementado gradualmente, a medida deve pressionar os preços do petróleo no mercado internacional, que já estão altos desde o início da guerra na Ucrânia.