Seca de IPOs brasileiros traz 1º semestre mais fraco desde 2016

Nenhuma empresa brasileira abriu capital neste ano até dia 20 de junho, contra 29 transações que levantaram US$ 6,9 bilhões no mesmo período no ano passado

Nenhuma empresa brasileira abriu capital neste ano até dia 20 de junho, contra 29 transações que levantaram US$ 6,9 bilhões no mesmo período no ano passado, e estendendo uma pausa que começou após a megaoferta do Nubank em dezembro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Para empresas dos Estados Unidos, o número de transações caiu de 473 para 104 no mesmo período.

O mercado de IPOs brasileiros caminha para o primeiro semestre mais fraco desde 2016 – quando a então presidente Dilma Rousseff enfrentava um processo de impeachment e o país lidava com uma recessão recorde. Agora, a escalada das taxas de juros ao redor do mundo reduziu o apetite por ativos de risco, enquanto temores de uma desaceleração global cresceram e, localmente, os investidores se preparam para as eleições presidenciais de outubro.

A performance dos IPOs de 2021 também não ajuda. Os preços caíram 39% em uma média ponderada por tamanho, segundo dados da Bloomberg, com ações de empresas como Mobly, Brisanet e GetNinjas acumulando queda de mais de 80%.

Mais adiante, a expectativa é de que qualquer recuperação no mercado de IPOs seja gradual.

Enquanto algumas empresas colocam os planos de IPO em segundo plano, ainda há apetite por nomes já listados, especialmente com os preços no mercado acionário brasileiro no menor nível desde 2008.