Opep+ frustra EUA com aumento modesto da produção de petróleo

Acréscimo será de 100 mil barris por dia, enquanto pedido era de 600 mil

A Opep+ – membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais alguns países adicionais, como a Rússia – concordou com um aumento de produção de 100 mil barris por dia a partir de setembro.

O anúncio dá ao mercado uma oferta adicional da commodity, que vem sofrendo com as altas dos preços de combustíveis pelo mundo, porém o aumento é menor do que o pleiteado pelos Estados Unidos, que queriam que o grupo aumentasse sua produção diária em 600 mil barris por dia.

Nos últimos meses, com apenas a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos capazes de aumentar a produção, apenas uma parte dos aumentos prometidos pelo grupo chegaram aos mercados mundiais. Não houve discussões sobre se a Opep e seus aliados continuariam a aumentar a produção além de setembro.

O acordo é um indicativo de que Riad e Washington estão no caminho da reconciliação, após uma visita do presidente Joe Biden ao país saudita no mês passado, quando o líder americano conversou com o herdeiro Mohammad bin Salman.

Essa é a segunda reunião consecutiva da OPEP+ que aprovaram um aumento de produção, mostra de que o grupo está escutando os pedidos de aliados como EUA e Europa para ajudar a conter o aumento dos preços de combustíveis, porém a ajuda é limitada já que poucos países tem capacidade de aumentar suas produções no momento.

Antes das negociações, os delegados indicaram que estavam relutantes em aumentar o suprimento de petróleo no mercado internacional diante das ameaças de recessão nos EUA e os lockdowns por causa da covid-19 na China.

Os sauditas aumentaram a produção para 10,78 milhões de barris por dia no mês passado, de acordo com uma pesquisa da “Bloomberg”, um nível atingido poucas vezes na história do país.