Juros futuros fecham em queda, de olho em nova variante do covid e fala do presidente do BC

A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 12,145% no ajuste anterior para 11,84% e a do DI para janeiro de 2027 passou de 11,81% para 11,71%

No momento em que os mercados globais debatem os possíveis impactos de uma nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul, os juros futuros se ajustaram em queda firme no pregão desta sexta-feira (26), em linha com o recuo observado nas curvas de juros ao redor do globo.

Além dos fatores globais, os participantes do mercado se mantiveram atentos ao cenário interno e novas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foram monitoradas pelos agentes e deram apoio a um aumento na inclinação da curva brasileira nos últimos dias.

No fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 caiu de 12,145% no ajuste anterior para 11,84%; a do DI para janeiro de 2024 recuou de 11,97% para 11,795%; a do contrato para janeiro de 2025 cedeu de 11,86% para 11,73% e a do DI para janeiro de 2027 passou de 11,81% para 11,71%.

Os temores da nova variante do coronavírus ganharam força hoje e geraram forte aversão a risco nos mercados globais. Por aqui, tanto o Ibovespa quanto o real foram penalizados, mas, na curva de juros, o movimento foi de compressão de prêmio de risco, em linha com movimentos vistos nas curvas de mercados desenvolvidos e emergentes, diante da busca por segurança e de temores relacionados a um fraco desempenho da atividade, em um momento no qual o aumento do número de casos de covid-19 nos países europeus já assusta os investidores.

Com Valor Econômico e Valor Pro.