Elétricas e outras beneficiadas por alta da inflação sobem na Bolsa
Muitas concessionárias de serviços públicos têm os reajustes das tarifas que cobram ligados à inflação

As ações de concessionárias de serviços de energia elétrica e de outras empresas beneficiadas pelo aumento da inflação no país estão entre as maiores altas da Bolsa de Valores B3 na manhã desta quarta-feira (27). Muitas companhias desses setores têm o reajuste de suas tarifas ligado à variação dos índices de preços.
Às 11h24, a Cesp, que controla três usinas hidrelétricas no Estado de São Paulo, subia 1,36%, para R$ 24,55. A empresa divulgou hoje ter registrado lucro de R$ 395 milhões no terceiro trimestre do ano, recuperando-se de um prejuízo de R$ 58 milhões no mesmo período do ano passado. A CCR, que administra rodovias como a Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, avançava 2,8%, para R$ 11,74. O Ibovespa, principal índice acionário da B3, tinha alta de 1,6%, aos 108.088 pontos.
Na terça (26), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), anunciado pelo pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), superou as expectativas. O índice de outubro ficou em 1,2%, acima da previsão média do mercado financeiro de 0,97%. No acumulado de 12 meses, chega a 10,34%.
Diante dessa elevação, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve anunciar um aumento dos juros ao final de sua reunião hoje. Os analistas do mercado financeiro, que previam uma elevação de 1 ou 1,25 ponto percentual da Selic, passaram a apostar em 1,5 ponto percentual nesta semana. Há quem fale em um “choque” de até 3 pontos até o final do ano.
Um dos efeitos da elevação dos juros é atrair investidores externos para as aplicações brasileiras, o que pode fazer cair as cotações do dólar. A moeda americana tinha baixa de 0,5% na cotação comercial nesta manhã, vendida a R$ 5,546. O dólar turismo caía 0,23%, para R$ 5,71.
Com essa baixa, as ações de empresas exportadoras também caía na B3. Por exemplo, os papeis da produtora de papel e celulose Suzano perdiam 1,9%, para R$ 49,47.
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