Dólar vira e passa a cair, digerindo dados de inflação nos EUA e no Brasil

Moeda americana chegou a R$ 5,0974 na mínima do dia

Após ter passado para o campo positivo depois da divulgação dos dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), o dólar voltou a exibir tendência de queda, como na abertura. Além do dado americano, os investidores também avaliam os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Por volta das 10h55, a moeda operava em queda de 0,54%, sendo negociada a R$ 5,1053 no mercado à vista. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0974. No mercado futuro, o dólar para junho caía 0,56%, a R$ 5,1370.

Enquanto isso, no exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas principais, avançava 0,36%, aos 103,55 pontos. Em relação a outras divisas emergentes, assim como contra o real, o dólar registrava queda. A moeda cai 0,45% contra o peso mexicano, recua 0,06% ante a lira turca e perde 0,09% contra o peso chileno.

Nos EUA, o CPI referente a abril ficou em 8,3% na base anual, confirmando a desaceleração da inflação, mas vindo acima da expectativa do mercado, de 8,1%. Ainda assim, trata-se da primeira desaceleração da taxa anual do CPI em oito meses, refletindo a moderação dos preços de energia, que subiram 30,3% em abril em relação a um ano antes.

“O mercado já havia precificado bem essa situação inflacionária [dos EUA] ao longo dos últimos dias”, disse Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos. “Por mais que o raio X dessa situação tenha sido ruim, a leitura do consolidado e o fato de não ter vindo acima da leitura do mês anterior, acaba corroborando para alguma calmaria hoje”, acrescentou.

Por aqui, o IPCA registrou taxa de 1,06% na comparação mensal e atingiu 12,13% em doze meses. A média dos cinco núcleos inflacionários monitorados pelo Banco Central variou de 0,98% para 0,95% na margem e, em 12 meses, subiu de 9,01% para 9,69%, informou a MCM Consultores.