Dólar se mantém em alta, mas se afasta das máximas do dia

Divisa americana ganhava força no pregão desta quarta ante moedas de países emergentes

Em um movimento alinhado à correção nos mercados de câmbio no exterior, o dólar se ajusta em alta contra o real na manhã desta quarta-feira, na medida em que permanece um viés mais cauteloso diante de temores relacionados a um enfraquecimento acentuado da economia global. O dólar, porém, já se afastou das máximas em relação ao real, no momento em que o diferencial de juros e o avanço dos preços das commodities dão algum apoio à moeda brasileira.

Por volta de 11h35, o dólar era negociado a R$ 4,8318, em alta de 0,41% no mercado à vista, após ter ido a R$ 4,8638 na máxima. Ao mesmo tempo, o dólar futuro para junho subia 0,18%, para R$ 4,8390. No mesmo horário, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, avançava 0,30%, para 102,17 pontos.

“O mercado imobiliário está sob pressão dos aumentos nos juros e os indicadores de sentimento sugerem que a indústria está desacelerando rapidamente. No entanto, a inflação historicamente elevada indica que o sarrafo para o Fed abandonar seus planos agressivos de aumento de juros está alto”, afirma Elisabet Kopelman, economista para EUA do banco sueco SEB. Para que o Fed interrompa o ciclo de aumento de juros, ela avalia que o banco central precisará ver evidências convincentes de desaceleração da demanda do consumidor e um mercado de trabalho que esteja menos superaquecido.