Criptomoedas tentam trégua após dez dias de perdas

O bitcoin tem defendido o patamar de US$ 21 mil

As principais criptomoedas voltaram a oscilar entre leves altas e baixas nesta sexta-feira após dez dias seguidos de perdas por conta da instabilidade nos mercados de riscos com o ajuste na política monetária e o temor de uma possível recessão em algumas das maiores economias.

Maior das criptomoedas, o bitcoin era negociado a US$ 21.030,88, com alta de 0,4%, perto das 9h20 (horário de Brasília), segundo o CoinGecko. Já o ether estava em US$ 1.096,78, com baixa de 0,9%. Em reais, o bitcoin estava cotado a R$ 108.334,61, com ganho de 1,66%), e o ether valia R$ 5.677,66, alta de 1,58%.

Depois de perder cerca de US$ 10 mil na última semana, o bitcoin tem defendido o patamar de US$ 21 mil, ainda no menor valor desde o final de 2020. Nos últimos dias, sempre que o token testa a casa de US$ 20 mil, surgem compradores e a moeda digital encontra algum suporte. Isso ocorreu na quinta-feira mesmo com a derrocada das ações de tecnologia e do índice Nasdaq 100, em que a criptomoeda parece ter encontrado uma referência de preço.

Nesta sexta, durante os negócios na Ásia, o bitcoin chegou a ser negociado a US$ 20.282, mas retomou a casa de US$ 21 mil logo depois.

A mesma resiliência não parece acontecer com as demais criptomoedas, incluindo o ether. Nos últimos sete dias, o bitcoin recua 30% e o ether, 39%, segundo o CoinGecko.

“O bitcoin provou sua resiliência repetidamente. É um ativo que já tem 14 anos e passou por vários ciclos”, disse David Mercer, CEO do LMAX Group, à Bloomberg.