Márcio França desiste de disputar governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad

Ex-governador disse cumprir a promessa de abrir mão da disputa para apoiar camdidato da esquerda à frente nas pesquisas

O ex-governador Márcio França (PSB) anunciou nesta sexta-feira (8/7) a desistência da candidatura para o governo de São Paulo. Ele deve concorrer a uma vaga ao Senado.

Em vídeo, ele pediu votos para o candidato Fernando Haddad (PT) e disse que está cumprindo a promessa de apoiar quem, do campo político dele, estivesse à frente nas pesquisas.

“Há tempos atrás eu prometi, foi muito difícil, mas eu me comprometi que quem estivesse à frente nas pesquisas poderia ser o candidato do nosso campo político. E aqui tem palavra, você sabe disso. É por isso eu decidi apoiar agora a candidatura do Fernando Haddad para governador, ele reuniu essas condições e está à frente nas pesquisas”, disse o ex-governador. “Fernando, vai você, vamos juntos”, complementou.

França declarou que a desistência se dá em uma “situação de emergência” para mudar o comando do país.

“E é a hora de defender, antes de tudo, a democracia. Nessa situação de emergência, temos de pensar em todos e não em projetos pessoais. Ou juntos mudamos o comando do país e tiramos o governo que está aí ou a fome vai entrar dentro da casa das pessoas. Isso quando a casa não se tornar a rua, a praça e o viaduto”.

Pesquisa

A já esperada desistência de França abriu caminho para Haddad liderar a pesquisa Genial/Quaest divulgada na quinta-feira (7/7).

O petista tem 35% das intenções de voto, contra 14% do ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos) e 12% de Rodrigo Garcia (PSDB). Felício Ramuth (PSD) e Vinicius Poit (Novo) têm 2%. Os demais candidatos não pontuaram.

Na simulação de segundo turno, Haddad fica com 44% das intenções de voto contra 28% de Tarcísio. Contra Rodrigo Garcia, o petista marca 42% ante a 27%.

O indicativo de França de tentar se eleger senador parece ter sido bom negócio, apontou a pesquisa. Ele lidera a corrida com 27% das intenções de voto dos paulistas, seguido por Paulo Skaf, com 13%, Carla Zambelli, com 9%, e Janaína Paschoal, com 7%.

(Por Erick Gimenes, repórter freelancer do JOTA)