IF HOJE: Orçamento de 2022 é discutido em Brasília

Documento determina o quanto e como o governo irá gastar no próximo ano

A Comissão Mista de Orçamento deve votar nesta terça-feira (21) o parecer ao relatório do Orçamento de 2022, feito pelo deputado Hugo Leal (PSD-RJ). O documento determina o quanto e como o governo irá gastar no próximo ano. A análise deve começar às 10h.

O relatório final foi alvo de críticas dado o aumento dos recursos destinados ao Fundo Eleitoral e falta de reajuste aos servidores. O presidente Jair Bolsonaro, porém, pressiona por um reajuste aos policiais, que compõem sua base eleitoral.

Outro ponto controverso é o salário mínimo. No relatório, Leal prevê um aumento de R$ 1.169 para R$ 1.210, o que deixa 2022 como o terceiro ano seguido sem reajuste real, ou seja, acima da inflação.

De início são mais de R$ 2 trilhões nas receitas primárias, mas ainda devem ser negociados ajustes e apresentados destaques. Especula-se uma tentativa de aumentar o valor da parcela mínima do Auxílio Brasil no próximo ano de R$ 400 para R$ 600, o que aumentaria os gastos da União.

Após a aprovação na Comissão, o texto será debatido nos plenários da Câmara e do Senado.

Por que importa?

A credibilidade do Brasil perante investidores depende da sua solidez financeira. Na prática, um país em desenvolvimento não deve gastar quase tudo o que produz para não endividar o estado e enfraquecer a economia, como já aconteceu diversas vezes na história com diversos países —vide Argentina.

Com um crescente déficit fiscal, o Orçamento brasileiro é sempre acompanhado de perto.

Como afeta seus investimentos?

Caso os gastos excedam as expectativas, ativos brasileiros podem se desvalorizar, enquanto o dólar e ouro, tidos como portos seguros, ganham valor. Ao mesmo tempo, os juros futuros podem subir, deixando ativos de renda fixa pós-fixados mais atrativos.

Do contrário, o real pode subir ante o dólar e o Ibovespa, se recuperar.

Fique por dentro:

Congresso em baixa

Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (21) mostra que 41% dos brasileiros reprovam a atuação do Congresso Nacional. Outros 10% aprovam — o menor índice da atual legislatura, que começou em 2019.

Para acompanhar hoje:

04h: clima do consumidor na Alemanha janeiro

06h: vendas da indústria na Itália em outubro

12h: confiança do consumidor na zona do euro em dezembro

16h: taxa de desemprego na Argentina no terceiro trimestre

20h50: ata da reunião de política monetária do Japão