Ibovespa piora e cai mais de 4%, abaixo dos 100 mil pontos

Bolsa se ajusta a movimento de aversão a risco visto no exterior; índice vai a 98.686 pontos na mínima
Pontos-chave:
  • Ações da Vale e da Petrobras estão entre maiores perdas

O Ibovespa perdeu os 100 mil pontos na manhã desta sexta-feira ao passar por ajustes após o feriado de Corpus Christi, agravados pelo ruído político em torno da Petrobras. Às 11h51, o índice local perdia 4,07%, aos 98.686 pontos, renovando a mínima intradiária. A máxima, logo após a abertura, foi de 102.801 pontos.

Na sessão de ontem, enquanto a bolsa local permaneceu fechada, seus pares globais recuaram em bloco, enquanto investidores seguiam analisando a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e de outros bancos centrais, além de dados de atividade dos Estados Unidos, que dão sinais de abrandamento. Por isso, a queda reflete uma acomodação a esse cenário.

No entanto, a reação de políticos – do presidente Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) ao reajuste de combustíveis da Petrobras, intensificou o viés negativo na bolsa. As ações preferenciais da estatal tombavam 7,77%, a R$ 26,82, no fim desta manhã. As ON recuavam 7,84%, a R$ 29,74.

Entre as blue chips do Ibovespa, Vale ON recuava 6,31%, CSN ON perdia 8,25%, Usiminas PNA cedia 7,40% e Gerdau PN piorava 7,37%. No setor financeiro, Itaú PN -2,44%, Bradesco PN -1,97%, Banco do Brasil ON -1,76% e Santander units -2,10%.

Lá fora, o S&P 500 subia 0,38%, Dow Jones subia 0,13% e Nasdaq crescia 1,27%, enquanto o Stoxx 600 registrava ganhos de 0,12%, todos moderando a alta vista mais cedo.