Ibovespa reduz alta com alerta sobre invasão à Ucrânia, mas acumula ganho de 1,2% na semana

Tensão geopolítica disparou o temor ao risco no mercado financeiro em todo o mundo

A Bolsa de Valores brasileira vinha tendo uma sexta-feira (11) muito positiva, até que o alerta dos Estados Unidos sobre a iminência de uma invasão da Rússia à Ucrânia fez disparar o medo do risco.

O Ibovespa, que chegou a avançar mais de 1,3% durante o dia, terminou o pregão em alta  0,18%, para 113.572 pontos. Acumulou, assim, ganhos de 1,2% na semana.

Em momentos de crise, os investidores trocam ativos considerados de maior risco, como as ações de empresas brasileiras, por alternativas tidas como mais seguras. É o caso dos títulos do Tesouro americano.

“Continuamos vendo sinais perturbadores da escalada da Rússia, inclusive a chegada de novas tropas à fronteira com a Ucrânia”, disse Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA. “Estamos em uma janela em que uma invasão poderia acontecer a qualquer momento. E, para ser bem claro, durante as Olimpíadas.” Os jogos de inverno terminam na China no próximo dia 20.

Em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent para abril disparavam 4,4%, aos US$ 95,40 o barril, enquanto o WTI, nos EUA, a referência americana do West Texas Intermediate subia 4,6%, a US$ 94 o barril.

Altas e baixas

Com a alta do petróleo, as produtoras brasileiras do combustível avançaram. A ação preferencial da Petrobras subiu 4,1%, para R$ 33,76, antes dos ajustes finais do pregão. A da PetroRio ganhou 4,2%, cotada a R$ 25,80, e a da 3R Petroleum avançou 2,1%, a R$ 39,37.

O destaque do dia ficou com a ação do Itaú Unibanco, que disparou 5,9%, para R$ 26,53. O banco anunciou resultados melhores do que o esperado no quarto trimestre de 2021. Seu lucro líquido cresceu 32%, para R$ 7,16 bilhões, impulsionado pelas operações digitais.