Ibovespa recua refletindo temores fiscais; Petrobras tem alta

Plano do Ministério da Economia para reduzir preços dos combustíveis foi mal recebido pelo mercado

O Ibovespa recua na manhã desta terça-feira (7), em nova sessão de elevação dos juros futuros nos Estados Unidos e no Brasil. Localmente, investidores analisam o pacote de medidas anunciado pelo governo para baratear o preço dos combustíveis e seus possíveis impactos fiscais e na Petrobras.

Às 11h45, o índice acionário local recuava 0,12%, aos 110.057 pontos. Lá fora, o S&P 500 abriu em queda de 0,61%, Dow Jones recuava 0,63% e Nasdaq cedia 0,66%, enquanto o Stoxx 600 registrava perdas de 0,74%.

Enquanto, por um lado, investidores temem as repercussões fiscais das medidas apresentadas pelo governo ontem, por outro, entendem que o impacto deve ser positivo para a Petrobras. Para o Credit Suisse, a empresa deve se beneficiar, uma vez que a decisão não interfere diretamente na companhia e efetivamente a separa do debate político.

“Do ponto de vista da Petrobras e da indústria brasileira de petróleo e gás, a nova proposta não traz nenhum aumento da carga tributária, como impostos extraordinários sobre as empresas petrolíferas”, escrevem os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero. Para eles, este também é um exemplo da eficácia da forte governança da Petrobras em mitigar os riscos de interferência política.

Com isso, Petrobras ON e PN ganhavam 1,16% e 1,42%. Vale ON subia, 1,55%, enquanto a produção diária de aço bruto na China teve leve recuperação nos 11 últimos dias de maio, com alta de 0,9% frente ao período anterior, para 2,32 milhões de toneladas, segundo a consultoria Mysteel. Defensivas, Suzano ON e Klabin units também cresciam na sessão, 1,80% e 1,30%.

Já entre as maiores quedas, as empresas sensíveis à curva de juros seguem sua trajetória de queda. Positivo ON cede 4,32%, Totvs ON recua 4,22%, Locaweb ON perde 4,02% e Vi ON cai 3,96%.