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Vale cria braço de capital de risco para estimular inovação em mineração
A Vale, a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo e uma das maiores fornecedoras de níquel, criou um braço de capital de risco. O objetivo da Vale é apoiar startups cujo foco é o desenvolvimento de inovações para desafios de mineração e metais.
A Vale Ventures, como foi batizado o novo braço de capital de risco da Vale, começa com um orçamento de US$ 100 milhões para investir em empresas envolvidas em iniciativas de mineração sustentável. A unidade irá fornecer investimento inicial para startups em todo o mundo, com o objetivo de deter de 3% a 5% de participação nas empresas.
“Faremos parte de um grupo de investidores trabalhando para o sucesso dessas startups”, disse o chefe da Vale Ventures, Viktor Moszkowicz, em entrevista à Bloomberg.
O desembolso da Vale será suficiente para construir uma carteira inicial de investimentos em cerca de cinco anos, gerando retorno financeiro e estratégico, disse o executivo. A primeira startup do portfólio da Vale é a Boston Metal, empresa focada em tecnologia de descarbonização do aço que conta com o apoio de fundos de capital de risco de tecnologia limpa, mineradoras e usuárias de aço. A Vale investiu US$ 6 milhões na empresa norte-americana em fevereiro de 2021.
O impulso de capital de risco da Vale segue iniciativas semelhantes adotadas por rivais, incluindo as anglo-australianas BHP e Rio Tinto. A Vale quer ter acesso a oportunidades de negócios e tecnologias inovadoras com potencial para serem usadas em suas operações, em um esforço para se diferenciar em suas práticas ambientais.
A Vale tem quatro temas principais que vão orientar a seleção do portfólio da Vale Ventures: descarbonização, mineração ‘zero-waste’, tecnologia que muda as operações de mineração e metais de transição energética.
O último tema visa aumentar a oferta e a demanda dos principais metais necessários para apoiar a mudança de combustíveis fósseis para energia menos poluente.
As startups que estão desenvolvendo baterias que usam metais produzidos pela Vale estão no radar, assim como a tecnologia que cria “minas urbanas”, locais onde os metais descartados podem ser reciclados, disse Moszkowicz.
Com informações da Bloomberg.
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