Petrobras: ‘reajustes devem ser feitos pela saúde da companhia’
José Mauro Coelho voltou a defender a política de preços da empresa

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A Petrobras não repassa a volatilidade dos preços no mercado internacional aos preços de combustíveis de imediato, reafirmou o presidente da estatal, José Mauro Coelho. “Mas é claro que em algum momento os reajustes devem ser feitos para manter a saúde da companhia”, ressalvou o executivo na tarde de hoje, durante a primeira entrevista coletiva com a imprensa desde que assumiu o cargo, em abril.
Coelho ressaltou ainda que os administradores da empresa devem atuar alinhados com a atual política de preços da empresa, em linha com o mercado internacional.
Questionado sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro na noite de ontem, que criticou o lucro da companhia, Coelho disse que a preocupação com preços mais elevados de combustíveis é “legítima”. “Elevação acontece em todo o mundo e é uma preocupação de todos os líderes”, acrescentou.
O presidente da estatal disse ainda que a empresa não é insensível à sociedade, principalmente em momentos como o atual, em que a crise no leste europeu afeta os preços. Ele citou, nesse sentido, o programa social da estatal para auxiliar famílias de baixa renda a ter acesso ao gás liquefeito de petróleo (GLP), o “gás de cozinha”.
Os últimos reajustes de preços da Petrobras ocorreram em 11 de março, com aumentos de preços no diesel, gasolina e GLP. A alta foi o estopim que levou à demissão do antigo CEO da empresa, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, e à posse de Coelho no mês passado.
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