Meta anuncia força-tarefa para combater desinformação e disparos em massa na eleição

Centro de Operações para Eleições vai operar durante os dois turnos do pleito

A empresa Meta, composta pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou na quinta-feira (12) as ações que estão sendo preparadas para evitar a disseminação de desinformação e disparos em massa em suas plataformas durante o período eleitoral. Entre as medidas, está a implementação de um Centro de Operações para Eleições, onde profissionais de tecnologia no Brasil e no exterior analisarão os conteúdos publicados nas redes com a ajuda de ferramentas de inteligência artificial.

“Reunimos especialistas em diversas áreas no Brasil e no exterior para monitorar em tempo real as eleições e conteúdos em nossas plataformas garantindo a remoção rápida de conteúdos nocivos ou que violam as nossas políticas e regras”, explicou a gerente de Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, Debs Delbart.

A central de operação, já implementada em 2018 e 2020, será reforçada em 2022 e vai operar durante os dois turnos do pleito. A empresa ainda não informou quando ela entra em operação nem a quantidade de colaboradores envolvidos.

Outras novidades já anunciadas são a limitação de reencaminhamento de mensagem para apenas um grupo por vez no WhatsApp e o aviso inserido em publicações com conteúdo eleitoral, que direciona o usuário para o site do Tribunal Superior Federal. A ferramenta, que entrou no ar em janeiro, recebeu 2,8 milhões de cliques no Facebook nos dois primeiros meses de funcionando e gerou um fluxo 10 vezes maior do que o normal para o site do TSE.

O aviso de publicação política será a estratégia usada pela Meta para publicações questionando a segurança das urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral. A empresa também ressaltou que vai monitorar e coibir a disseminação em suas plataformas de mensagens incitando ataques violentos, ao estilo da invasão ao Congresso americano promovida por apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 2021, insatisfeitos com o resultado das eleições.