Hapvida (HAPV3) tem forte alta; Itaú BBA destaca aumento de beneficiários

Ações da companhia estavam entre as maiores valorizações da B3 nesta sexta

As ações da Hapvida operavam em alta superior a 13%, cotadas acima de R$ 7,45, e lideravam os ganhos do Ibovespa nesta sexta-feira, após as demonstrações financeiras do segundo trimestre mostrarem crescimento orgânico forte de beneficiários, no primeiro resultado consolidando todos os meses de NotreDame.

Segundo a Ativa Investimentos, em relatório, o destaque positivo foi a adição orgânica de beneficiários, com o número total chegando a 8,9 milhões, crescendo cerca de 140 mil, principalmente impulsionado pelo crescimento de beneficiários da NotreDame, em linha com as estimativas.

“O aumento orgânico dos beneficiários de saúde é extremamente positivo para as empresas que, conforme os tickets passem a aumentar, devem ver expansão mais expressiva da receita líquida”, escrevem os analistas Pedro Serra e Pedro Dietrich. Além disso, houve queda na sinistralidade em base trimestral, embora ainda acima da média histórica, dizem eles.

Por outro lado, a companhia segue sem conseguir aumentar seu ticket médio, enquanto o reajuste dos planos individuais só deve começar a ser sentido no próximo trimestre. Segundo os analistas, o aumento da taxa de juros no período segue pressionando a margem líquida da companhia, que por sua vez, registrou novamente prejuízo no período.

“Embora a margem siga pressionada, a companhia começa a dar sinais de melhora em decorrência da melhora nas sinistralidades”, dizem. Eles afirmam que as empresas ainda sofrem com as margens diante de um cenário inflacionário, mas com menos efeitos da covid e influenza, as margens começam a respirar.

A Ativa tem recomendação de compra para as ações da Hapvida, com o preço-alvo de R$ 10,10.

Itaú BBA: perspectiva positiva

A Hapvida apresentou resultados positivos no segundo trimestre, se recuperando de um começo de ano desafiador, diz o Itaú BBA. O banco destaca que a companhia apresentou crescimento na sua base de beneficiários, com boas tendências orgânicas e captura de sinergias da fusão com a Notre Dame.

Os analista Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amancio escrevem que a sinistralidade também apresentou boa retração, indo contra o movimento de pares do mercado, mostrando as vantagens do modelo verticalizado da Hapvida.

“Nós olhamos como positiva essa recuperação e reafirmamos nossa visão positiva sobre a empresa para o segundo semestre”, comentam. Um ponto é que a Hapvida ainda não implementou alguns reajustes, o que pode melhorar ainda mais os números para os próximos trimestres.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para Hapvida, com preço-alvo em R$ 10.