Governador da Flórida articula fim de benefícios para a Walt Disney World

Distrito especial ajuda a companhia a reduzir despesas em dezenas de milhões de dólares por ano

O governador da Flórida, Ron DeSantis, escalou sua briga com a Disney nesta terça-feira e pediu para que o legislativo do estado discuta uma lei para acabar com benefícios fiscais e administrativos dos parques da Walt Disney World, em Orlando, que permitem que a empresa governe de fato o local.

DeSantis, que faz parte do Partido Republicano, está brigando com a companhia por conta da oposição da Disney a lei Parental Rights in Education, que proíbe ensino de orientação sexual e identidade de gênero para crianças. A empresa está retendo contribuições para campanhas políticas em protesto.

Em um evento, o governador disse que os deputados da Flórida vão discutir ainda nesta semana uma lei para analisar a constitucionalidade dos distritos fiscais especiais, como o Reedy Creek Improvement District, onde ficam os parques. O distrito permite que empresa atue com a mesma autoridade e responsabilidade que um governo de condado.

O governador agradeceu líderes do legislativo por abraçarem o tema e caminhar para o fim dos distritos especiais no estado, o que DeSantis considera muito importante. A figura dos distritos especiais foi criada antes da constituição da Flórida e nunca foi de fato incorporada na lei desde então.

O principal benefício do status de distrito fiscal especial da Walt Disney World é uma maior flexibilidade na administração dos parques, dizem pessoas ligadas a companhia. Reedy Creek pode atuar fora de regulações de construção e ambientais, além de ser isenta de alguns impostos e taxas estaduais.

O impacto financeiro que uma revogação da lei teria para a Disney é incerto, mas fontes afirmam que estudo feito pela empresa na década passada mostrou que o distrito especial ajuda a companhia a reduzir despesas em dezenas de milhões de dólares por ano.