Carrefour enfrenta horizonte sombrio com pressão inflacionária na França e no Brasil, diz gestora

Bernstein cortou a recomendação da varejista francesa de neutra para venda

Os lucros e margens da Carrefour podem ser pressionados por uma conjugação de fatores políticos e econômicos, alertam analistas da Bernstein ao cortarem a recomendação da varejista francesa de neutra para venda.

Aproxima-se uma guerra de preços, à medida que o consumo na França é pressionado pela inflação, com a rival Leclerc batendo o Carrefour em termos de preços, ao passo que no mercado chave do Brasil a companhia enfrenta pressões cambiais e inflacionárias que afetarão o desempenho, diz a Bernstein.

A erosão das margens com a aquisição do Grupo Big no Brasil é outro obstáculo subvalorizado e a hipótese de uma fusão parece agora menos provável dada a pressão política e pouca motivação para que haja envolvimento de private equity, diz a gestora.

A Bernstein reduziu as estimativas para os lucros e o preço-alvo do Carrefour de 19 euros para 16,50 euros.

As ações da varejista fecharam em queda de 7,16% na bolsa de Paris, negociadas a 16,98 — menor valor desde março.