As projeções e preocupações de CEOs para os rumos da economia brasileira

Maioria dos executivos está otimista com a retomada do consumo, mas instabilidade política desperta cuidado

Uma pesquisa da consultoria PwC, feita com 4.400 CEOs em 89 países, apontou que o retorno dos consumidores às lojas físicas, as compras online e a retomada das viagens são alguns dos sinais para que 82% dos líderes brasileiros da indústria de consumo estejam otimistas em relação ao cenário econômico internacional nos próximos 12 meses. Já em relação ao PIB do Brasil, os CEOs do setor também estão otimistas: 63% avaliam que a economia do país vai acelerar, outros 26% veem uma desaceleração a caminho, enquanto 11% disseram que haverá estabilidade.

Sobre a expectativa de crescimento de receita das suas empresas nos próximos 12 meses, o pensamento positivo é semelhante: 68% projetam um aumento de receitas. “Os próximos anos devem ser de recuperação da economia e do consumo tanto no Brasil quanto no mundo. Após dois anos de pandemia e isolamento social, as pessoas estão ávidas por consumir mais produtos e serviços, de preferência fora de casa. A pesquisa mostra que essa é a expectativa da indústria”, avalia Carlos Coutinho, sócio da PwC Brasil.

A sondagem também revelou que a instabilidade macroeconômica (66%), os riscos cibernéticos (47%) e as mudanças climáticas (39%) estão entre as principais preocupações globais dos executivos brasileiros do setor, que podem afetar negativamente as empresas no próximo ano.

Sobre os impactos, os líderes do setor citaram principalmente que a instabilidade econômica pode afetar as vendas (81%) e o desenvolvimento de produtos e serviços (42%), levantar capital (39%), atrair e reter talentos (39%) e a inovação (39%).