Eleitores têm mais medo de permanência de Bolsonaro do que de volta do PT, diz pesquisa

Pesquisa Genial/Quaest também mostra que 56% dos eleitores dizem que economia influencia muito no voto

A pesquisa Genial/Quaest publicada nesta quarta-feira (8) mostra que, quando perguntados sobre de que têm mais medo nas eleições, 52% dos eleitores entrevistados disseram ser a continuidade do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em seguida, 35% afirmaram que têm mais medo da volta do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, e 5% responderam ter medo dos dois: tanto de Bolsonaro mantido quanto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva eleito.

Dado curioso da pesquisa é que 5% dos participantes disseram que votariam em Bolsonaro, mas que têm medo que ele permaneça no poder. Outros 5% também declararam que desejam que Lula vença, mas que temem pela volta do PT à presidência.

Nas pesquisas de intenção de voto, Lula tem 47% das intenções de votos, 1 ponto percentual a mais do que em maio. O presidente Jair Bolsonaro vem em segundo lugar, com 28%. Ciro Gomes (PDT) tem 7%; André Janones (Avante), 2%; Simone Tebet (MDB), 1%; e Pablo Marçal (PROS), 1%.

Os demais candidatos (Vera Lúcia, Eymael, Sofia Manzano, Felipe d’Ávila, Luciano Bivar e general Santos Cruz) não pontuaram.

Percepção da economia

O principal problema econômico do país mudou nas respostas dos entrevistados. Em maio, a maioria (19%) apontava a crise econômica como a questão mais grave, seguida da inflação, com 18%. Em junho, houve inversão: a inflação, com 23%, assumiu a primeira colocação, com a crise econômica em segundo, com 12%.

Questionados sobre o quanto a situação econômica influencia na escolha do voto, 56% disseram que influencia muito, 10% afirmaram que influencia mais ou menos, 11% que influencia pouco e 20% que não influencia. Outros 4% não souberam ou não quiseram responder.

Metodologia

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 2 e 5 de junho em entrevistas nas casas dos eleitores em 27 estados. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.

(Por Erick Jimenes, repórter freelancer do JOTA)