Sondagem da XP vê inflação no fim de 2022 maior do que projeção do último Focus

Divulgação do relatório do Banco Central está paralisada por causa da greve dos servidores

Economistas e investidores institucionais consultados pela XP esperam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seja de 0,50% em maio, uma expectativa acima da mediana de 0,28% que o mercado projetava na divulgação do último boletim Focus, que saiu no dia 29 de abril – hoje o boletim não foi divulgado devido à greve dos servidores do Banco Central.

Em abril, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA subiu 1,06%, acumulando alta de 12,13% nos últimos doze meses.

Para junho e julho, a sondagem da XP aponta altas de 0,59% e 0,64%, respectivamente. As previsões também estão acima da mediana das projeções do último Focus, que apontava inflação de 0,41% em junho e 0,56% em julho.

Para o fim do ano, a mediana das projeções coletadas pela XP com 45 investidores institucionais indica um IPCA de 8,80%, seguindo a tendência de atualizações para cima das expectativas em relação ao último Focus, que no fim de abril indicava IPCA de 7,89% no encerramento do ano.

Para 2023 e 2024, as medianas para a inflação brasileira ficaram em 4,50% e 3,25%.

Em relação à taxa de juros, a mediana das projeções captadas pela XP sinaliza a Selic em 13,25% no fim de 2022 e em 9,50% em 2023. No último Focus, as medianas eram 13,25% e 9,25%). Além disso, 93% dos investidores consultados esperam aumento de 50 pontos-base na reunião de junho. Para agosto, 61% precificam manutenção da taxa, 5% apostam em aumento de 25 pontos-base e 34% esperam outros 50 pontos-base.

Sobre o câmbio, a expectativa mediana é de R$ 5,10 por cada dólar no fim de 2022 e 2023.

Para o PIB, os respondentes da pesquisa da XP esperam crescimento de 1,10% em 2022 e de 0,52% em 2023.

A sondagem da XP ouviu 45 economistas e investidores institucionais entre 13 e 15 de maio.