Quem são Pedro Franceschi e Henrique Dubugras, os mais novos bilionários da Forbes

Eles são os cofundadores da startup de cartões de crédito para empresas Brex, avaliada em US$ 12 bilhões
Pontos-chave:
  • Na lista de novos bilionários, publicada nesta terça pela revista “Forbes”, Pedro e Henrique aparecem com uma fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão cada um

Enquanto a maioria dos alunos do ensino fundamental passa horas brincando no parque com os amigos, os garotos prodígios Pedro Franceschi e Henrique Dubugras tinham um passatempo diferente: ‘codar’. Ambos nutrem desde pequenos uma paixão por códigos e tecnologia.

Pedro foi o primeiro a desbloquear o iPhone 3G (‘jailbrake’, como se diz entre hackers), para instalar aplicativos distintos dos oferecidos na AppStore. Ele também foi o primeiro a construir um software para fazer a assistente virtual Siri da Apple falar em português, enquanto Henrique tinha apenas 12 anos quando começou a codificar e programar videogames para si mesmo.

Os dois se conheceram no Twitter, que foi o início de uma relação de trabalho bem-sucedida. Hoje, eles têm vários empreendimentos em sociedade. Quando tinham apenas 16 anos, eles fundaram o Pagar.me, o primeiro processador de pagamentos amigável ao desenvolvedor do Brasil. Com o empreendimento, arrecadaram US$ 30 milhões e empregaram uma equipe de mais de 100 pessoas. O negócio foi vendido antes deles começarem a faculdade na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

Depois de oito curtos meses em Stanford, eles desistiram da faculdade, uma das mais disputadas no mundo. O motivo: precisavam de mais tempo para fazer a startup Brex, recém-criada, crescer. A Brex foi fundada em 2017 para emitir cartões corporativos para startups de tecnologia. Como proposta de valor, a Brex é como um ‘Nubank corporativo’, oferecendo crédito às jovens empresas de tecnologia, com taxas amigáveis quando comparadas às do mercado norte-americano.

Em apenas dois anos e meio, Pedro e Henrique transformaram o Brex em um unicórnio, como são chamadas as startups de capital fechado com ais de US$ 1 bilhão em valor de mercado. Em janeiro, a empresa foi avaliada em US$ 12,3 bilhões por investidores.

A Brex teve, no início, como principal produto um cartão de crédito corporativo para startups. Hoje em dia, caminha para se tornar mais do que apenas um cartão e sim uma plataforma financeira completa. A solução auxilia essas empresas em suas dificuldades de obter crédito ao oferecer limites maiores do que as opções convencionais. Além disso, a Brex ajuda, por meio de seus serviços digitais, as empresas a fazerem a gestão de suas despesas.

Bilionários da Forbes

Na lista de novos bilionários, publicada nesta terça-feira (5) pela revista “Forbes”, Pedro e Henrique aparecem com uma fortuna estimada em US$ 1,5 bilhão cada um.

Segundo a revista, a Brex não é única startup cujos fundadores se tornaram bilionários neste ano. Em todo o mundo, 30 startups ultrapassaram avaliações de US$ 10 bilhões em 2021, o dobro do número de 2020.

Muitas delas são empresas de tecnologia, o que ajudou o setor a adicionar 38 recém-chegados à lista deste ano, incluindo Alex Shevchenko e Max Lytvyn (US$ 4 bilhões cada), ambos de 42 anos, cofundadores ucranianos da ferramenta de correção gramatical Grammarly, avaliada em US$ 13 bilhões por investidores em novembro. O ano de 2021, diz a “Forbes”, foi um ano de baixa para os bilionários. Há 87 deles a menos, e eles têm US$ 400 bilhões a menos do que há um ano.

“Ainda assim – em meio a uma guerra, a uma pandemia e a mercados em ritmo vagaroso – um total de 236 pessoas (em comparação ao recorde de 493 em 2021) se tornaram bilionários ao longo dos últimos 12 meses”, informa a revista.