O que esperar da inflação nos próximos meses? Depende de quem vencer a briga dos combustíveis, diz Itaú
Economistas do banco destacam cenário de 'elevada incerteza'

Nossa newsletter
O que você precisa saber para tomar as melhores decisões nos seus investimentos. Receba toda semana notícias e análises exclusivas de especialistas.
A alta de 0,47% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de maio veio abaixo das expectativas do Itaú Unibanco, que projetava uma taxa de 0,60% no mês. Em relatório assinado pelas economistas Julia Passabom e Luciana Rabelo, o banco destaca que houve uma “surpresa baixista em bens industriais, principalmente no item de higiene pessoal (tipicamente mais volátil) e etanol”. “A abertura de serviços também veio um pouco abaixo do esperado, em especial na parte de alimentação fora do domicílio”, acrescentam as especialistas.
Apesar do alívio nos preços em maio, o Itaú acrescenta que os núcleos inflacionários seguem pressionados. “A leitura de maio seguiu indicando inflação alta e disseminada, com índice de difusão próximo de 72%. Embora alta, a difusão veio um pouco abaixo daquela registrada no mês anterior (78,3%)”, observam Passabom e Rabelo. “Núcleos de industriais e serviços subjacentes aceleraram na comparação interanual (de 12,1% para 12,8% e de 7,7% para 8,2%, respectivamente)”, anotam.
Na projeção preliminar do banco, o IPCA está em 0,70% em junho, 0,57% em julho e 0,49% em agosto. As estimativas de curto prazo, no entanto, contam com “elevada incerteza”, indicam as economistas. O principal motivo é a pressão do governo para reduzir o preço dos combustíveis.
“Por um lado, temos o impacto de uma eventual aprovação da zeragem de impostos federais sobre gasolina e etanol, e da zeragem de cobrança de ICMS sobre diesel e GLP, o que pode levar a projeção do mês de julho para perto de zero ou até mesmo para ligeiramente negativa, por exemplo”, escrevem.
Mas há uma outra possibilidade no radar que embaralha a avaliação e pode inverter a tendência, levando a inflação para cima das atuais estimativas. “A defasagem do preço de combustíveis segue aumentando, o que eleva o risco de eventuais reajustes nas refinarias”, completam.
Autor finaliza trilogia com “Escravidão - Volume III: Da Independência do Brasil à Lei Áurea”
Ex-candidata a presidente dos EUA fala sobre negociar com Vladimir Putin, a “profetisa” Margaret Atwood — e por que os democratas precisam conter a esquerda radical
Entre as baixas, se destacaram empresas do setor de minério de ferro devido à preocupação com a retomada da China
Na semana, moeda americana teve valorização de 1,29%
Medo de recessão nos EUA pesou mais do que riscos fiscais no Brasil
De alguma maneira, seu bolso será afetado pelas eleições do fim do ano. O que pode acontecer? Nina Silva explica
Enquanto isso, em campanha, Lula acena a empresários e ao mercado, diz Fábio Zambeli, do JOTA
A volatilidade deve seguir predominando na Bolsa
A fortuna de Elon Musk caiu quase US$ 62 bilhões. Jeff Bezos viu sua riqueza diminuir em cerca de US$ 63 bilhões. O patrimônio líquido de Mark Zuckerberg foi reduzido em mais da metade
Muitos motivos levam uma empresa a realizar uma OPA, e você pode ganhar dinheiro com isso
Aumento de gastos tende a pressionar a inflação e prejudicam, principalmente, as pessoas de menor poder aquisitivo