Natura: XP projeta fraco primeiro trimestre, com Avon Internacional caindo 24% em vendas e Body Shop, 25%

Ação da Natura cai 15% com expectativa por balanço

Relatório da XP relacionado ao desempenho da Natura no primeiro trimestre projeta um fraco período, com “dinâmica desafiadora” para a operação da Avon na América Latina, e recuo de 14,5% nas vendas líquidas consolidadas em relação ao ano anterior — quando atingiu R$ 9,5 bilhões.

Para margem antes de lucro, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, da sigla em inglês), a projeção é atingir R$ 522 milhões (ajustado), com margem Ebitda ajustada de 6,5% e prejuízo líquido de R$ 222 milhões.

No primeiro trimestre de 2021, o prejuízo líquido foi de R$ 156 milhões e a margem Ebitda alcançou 8,8% um ano atrás.

Para Natura&Co, a estimativa é vendas líquidas de R$ 4,7 bilhões, queda de 10%, com operação no Brasil subindo 3,5%. Já Avon América Latina, a estimativa é recuo de 17%.

Para Body Shop, a projeção é retração de 25,5% nas vendas.

A equipe de análise projeta início de efeito de guerra no leste europeu, que afeta alguns mercados onde o grupo opera, além do cenário macroeconômico mais difícil no Brasil. E estabilização da operação da Avon, em fase final de troca de modelo comercial, no segundo trimestre de 2022.

Nos últimos dias, a área de relações com investidores da empresa esteve em contato com analistas, que posteriormente publicaram relatórios com projeções. Na véspera do feriado de Tiradentes, após esses contatos, a ação fechou em forte queda de 15,5% nesta quarta-feira (20).