Natal mais caro: frango e carne bovina da ceia pesam no bolso

Os preços produtos que mais costumam ser dados como presente também subiram

Durante boa parte do ano, o brasileiro se habituou a substituir ou retirar produtos do carrinho de compras por causa do aumento de preços generalizado no país. Essa terá que ser também a estratégia no Natal.

Os preços dos alimentos subiram, em média, 7,93% entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, encarecendo a ceia. Nos últimos 12 meses, o frango inteiro disparou 24,28% e está no topo da lista dos itens que mais estão pesando no bolso, conforme levantamento do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Depois, vêm os ovos (17,79%), a azeitona (15,13%), as carnes bovinas (14,72%) e a farinha de trigo (13,70%). Já o preço do arroz recuou 8,27% no mesmo período, e o pernil suíno teve queda de 1,27%). (Panetones e castanhas não fazem parte da lista pesquisada porque o FGV Ibre só considera os produtos comercializados durante todo o ano.)

“Os reflexos dos problemas nos custos de produção que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica ainda se fazem sentir, sobretudo nas proteínas. O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas elevados”, disse Matheus Peçanha, economista do FGV IBRE responsável pelo estudo. “No entanto, é bom ver que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes.”

Os presentes também estão mais caros. Quem não antecipou as compras na Black Friday vai desembolsar, em média, 3,39% a mais nos itens que costumam ser dados como presentes, segundo o FGV Ibre. A maior alta foi de peças do vestuário (4,80%), seguidas dos acessórios (2,57%), de bens de recreação e cultura (2,13%) e de eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%).

Infográfico traz variações de preços de artigos para Ceia e relacionados ao Natal e festas de final de ano.
Fonte: FGV. Infográfico por Marcelo Andreguetti/Inteligência Financeira.