IGP-DI sobe 1,25% em dezembro e fecha 2021 com alta de 17,74%

Índice é usado como referência para correções de preços e valores contratuais
Pontos-chave:
  • O Índice de Preços ao Produtor Amplo avançou 1,54% em dezembro após ter recuado 1,16% em novembro
  • O Índice de Preços ao Consumidor variou 0,57% em dezembro contra 1,08% no mês anterior
  • O Índice Nacional de Custo da Construção oscilou 0,35% em dezembro ante 0,67% em novembro

O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) subiu 1,25% em dezembro, percentual superior ao apurado em novembro, quando caiu 0,58%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (6). Entre janeiro e dezembro de 2021, o índice usado como referência para correções de preços e valores contratuais acumulou alta de 17,74%. Em dezembro de 2020, o índice havia subido 0,76% e acumulava elevação de 23,08% em 12 meses.

“A aceleração registrada nos preços do minério de ferro (de -24,98% para 17,62%), de bovinos (de 2,60% para 8,33%) e do café (de 8,02% para 9,16%) contribuíram destacadamente para a aceleração da inflação ao produtor, índice com maior influência sobre o IGP, compensando o arrefecimento da inflação ao consumidor (de 1,08% para 0,57%) e da construção civil (de 0,67% para 0,35%)”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 1,54% em dezembro. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 1,16%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,62% em novembro para 0,23% em dezembro. O principal responsável por este recuo foram os combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 5,96% para -1,56%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,43% em dezembro, contra 0,44% em novembro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,68% em novembro para -0,03% em dezembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 5,95% para -1,32%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,19% em dezembro, ante 2,15% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 4,40% em dezembro. Em novembro, a taxa do índice caíra 6,40%. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (-24,98% para 17,62%), soja em grão (-3,73% para 0,89%) e bovinos (2,60% para 8,33%). Em sentido oposto, vale citar aves (-3,16% para -5,55%), laranja (-2,22% para -7,04%) e algodão em caroço (1,00% para -0,93%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) variou 0,57% em dezembro, contra 1,08% em novembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (3,07% para 0,28%), Educação, Leitura e Recreação (1,51% para 0,56%), Comunicação (0,09% para -0,08%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,11%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (7,44% para -0,36%), passagem aérea (8,87% para 2,84%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,11% para -0,16%) e cigarros (0,76% para 0,28%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,56% para 1,10%), Vestuário (0,59% para 0,97%), Alimentação (0,66% para 0,72%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,16% para 0,21%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (0,63% para 3,06%), calçados (0,37% para 1,36%), frutas (-0,52% para 9,34%) e serviços de cuidados pessoais (0,23% para 0,55%).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,35% em dezembro ante 0,67% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (1,03% para 0,69%), Serviços (0,52% para 0,60%) e Mão de Obra (0,38% para 0,00%).