Desemprego fica em 11,2% em fevereiro, com 12 milhões de brasileiros ainda na fila por um trabalho

Dados divulgados nesta terça pelo IBGE mostram uma estabilidade da taxa em relação ao trimestre encerrado em janeiro

Dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de fevereiro, divulgados nesta quinta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, com a falta de trabalho ainda atingindo 12 milhões de pessoas e o crescimento do número de ocupados desacelerando.

Apesar de ter recuado em relação ao trimestre anterior, de setembro a novembro de 2021 (11,6%), a taxa ficou estável frente à divulgação anterior, do trimestre encerrado em janeiro, quando o número de desempregados também foi estimado em 12 milhões.

O número de ocupados foi estimado em 95,2 milhões e ficou estável frente ao trimestre anterior (94,9 milhões). Com isso, também houve estabilidade no nível da ocupação, percentual de pessoas em idade de trabalhar que estavam efetivamente ocupadas na semana de referência da pesquisa (55,2%).

Por que importa?

O indicador é um o principal termômetro do mercado de trabalho brasileiro, sinalizando a saúde da economia do país.

Como afeta seus investimentos?

A estabilidade da taxa de desemprego, que sinaliza uma desaceleração da atividade econômica no país e um enfraquecimento do consumo, pode contribuir para a desvalorização de ações de empresas da Bolsa que dependem do crescimento do PIB e da melhora da renda da população.

Fique por dentro:

Moreira Salles deixará presidência do conselho da Febraban; Lazari assume

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., vai assumir o comando do conselho diretor da Febraban, hoje ocupado por Pedro Moreira Salles, copresidente do conselho do Itaú Unibanco. A mudança foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, e confirmada pelo jornal Valor Econômico.

Anvisa alertou governo sobre ‘desastre’ de anunciar fim da pandemia e encerrar estado de emergência em saúde

Apesar da pressão permanente do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde não conseguirá simplesmente encerrar a situação de emergência sanitária do país e muito menos anunciar o fim da pandemia da covid-19. Na melhor das hipóteses, o que será apresentado é um apanhado de mudanças normativas que permitam a Bolsonaro propagandear uma suposta volta à normalidade. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, já foi informado por diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a revogação da portaria que decretou, em fevereiro de 2020, o estado de emergência em saúde teria um efeito em cadeia dramático em diversas áreas. Um documento com todas essas implicações foi entregue a Cruz há cerca de dez dias.

Petrobras alerta a estrangeiros que Bolsonaro pode impor mudanças na política de preços

Na mesma semana em que o governo anunciou mudanças no comando da Petrobras, a estatal alertou a investidores estrangeiros que o presidente Jair Bolsonaro pode impor mudanças na política de preços da companhia. Isso, segundo a empresa, pode ocorrer por imposição de “uma nova equipe de administração ou Conselho de Administração”. A atual regra considera as variações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

Para acompanhar hoje:

7h: reunião da Opep
9h: Pnad Contínua de fevereiro
9h30: resultado primário de fevereiro
9h30: inflação dos EUA em fevereiro
9h30: média de renda e gastos pessoais nos EUA em fevereiro
9h30: pedidos de seguro-desemprego nos EUA até 23 de março
22h45: PMI industrial da China em março

Com Valor Econômico