IF HOJE: analistas de mercado diminuem projeção para crescimento do país em 2022

Previsão para o crescimento do país neste ano foi reduzida de 0,36% no levantamento passado para 0,28% no atual - é a segunda redução consecutiva

O Banco Central divulgou no começo da manhã desta segunda-feira (10) uma nova edição do boletim semanal Focus, com projeções para os principais indicadores econômicos do país.

A previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano foi reduzida de 0,36% no levantamento da semana passada para 0,28% no atual. É a segunda redução consecutiva: na semana passada, a previsão de crescimento da economia no ano já havia sido cortada em 0,06 ponto percentual ante os 0,42% da pesquisa anterior.

Dois eventos contribuíram para a revisão do cenário. Primeiro, a queda de 0,2% da produção industrial em novembro de 2021, a sexta baixa mensal seguida. Depois, a sinalização do Federal Reserve (banco central dos Estados), de que pode subir já em março os juros para conter a alta da inflação no país.

Na atual edição do Focus, o mercado manteve as expectativas para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano em 5,03% e para o dólar em R$ 5,60. A projeção para os juros no final de 2022 subiu de 11,50% para 11,75%.

Fique por dentro

Ômicron avança

O número de novos casos de Covid-19 no país totalizou 23.504 mil entre sábado e domingo (9), elevando a média móvel de testes positivos da doença para 33.146, a maior registrada desde 23 de setembro do ano passado. No mesmo período de 24 horas, o país registrou mais 50 mortes por complicações geradas pela Covid-19, com média móvel de óbitos de 123.

Chuvas em Minas

As fortes chuvas que atingem Minas Gerais levaram 138 cidades a decretar situação de emergência, segundo a Defesa Civil do estado. Seis pessoas morreram no final de semana em alagamentos ou soterramentos.

Refis

O presidente Jair Bolsonaro disse no sábado (8) que o governo está trabalhando para editar uma medida provisória ou uma portaria nos próximos dias sobre o Refis (parcelamento de dívidas tributárias) para micro, pequenas e médias empresas. Bolsonaro vetou a proposta inicial aprovada no Congresso Nacional que dava desconto em juros e multas de até 50% e permitia o parcelamento em até 15 anos, mas parlamentares avisaram que tentariam derubar o veto.