IBGE vê clima mais favorável e projeta safra recorde de grãos em 2022
Cenário é de recuperação após a escassez de chuva durante parte de 2021 ter atrasado o plantio e a colheita

O segundo relatório do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que a expectativa para safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas de 2022 é de 278 milhões de toneladas. Isso representa um novo recorde na série histórica iniciada em 1975, com aumento de 10,0% em relação a safra de 2020 e de 2,7% em relação ao prognóstico anterior, que estava em 270,7 milhões de toneladas.
“Esse aumento em relação ao primeiro prognóstico se deu em função da entrada de informações de campo da nova safra, havendo substituição de parte das projeções. Também houve aumento devido ao clima, que tem ajudado as lavouras no campo”, explica Carlos Barradas, gerente da pesquisa.
A previsão é de supersafra para soja e milho, que devem alcançar, respectivamente, 138,8 milhões e 109,4 milhões de toneladas. Para a soja, o aumento previsto em relação a 2021 é de 3,4% e para o milho, de 24,2%.
“Isso é uma recuperação na produção do milho. Em 2021, tivemos muitos problemas climáticos, principalmente na segunda safra. Como as chuvas demoraram, o plantio e a colheita da soja atrasaram, estreitando a janela de plantio da segunda safra do milho. Além disso, o clima seco prejudicou a produção”, conta Barradas. No total, em 2021, foram 15 milhões de toneladas de milho a menos em relação a 2020, uma queda de 14,6%.
“Para ano que vem, a safra está começando no tempo certo, e isso vai favorecer a janela de plantio do milho 2ª safra. Além disso, o milho 1ª safra e a soja, que já foram plantados, estão sendo beneficiados pelo clima deste final de 2021, que está chuvoso”, complementa Barradas.
Safra 2021 deve ter retração
A pesquisa também divulgou a estimativa de novembro para a safra de 2021, que alcançou 252,8 milhões de toneladas, 0,5% menor que a obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas), um declínio de 1,4 milhão de toneladas.
Para a safra de 2021, os destaques positivos foram a soja, com 134,3 milhões de toneladas, um aumento de 10,5% em relação a 2020 e o trigo, com 7,8 milhões de toneladas e 26% de aumento frente ao ano anterior, além do destaque negativo do milho, que caiu 14,6% com uma produção de 88,1 milhões de toneladas.
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