Confiança do consumidor melhora em dezembro; FGV aponta descolamento entre faixas de renda

Resultado no mês foi puxado pelo desempenho positivo do índice que avalia as expectativas

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 0,6 ponto em dezembro, para 75,5 pontos – em uma escala de zero a 200 pontos. Houve uma piora na avaliação da situação corrente ao mesmo tempo em que houve melhora das perspectivas. O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 1,3 ponto, para 65,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,0 pontos, para 83,4 pontos.

“A confiança do consumidor apresenta um resultado positivo em dezembro mas fecha 2021 em queda de 2,6 pontos. Foi um ano difícil para os consumidores, principalmente para os de menor poder aquisitivo”, destaca afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens. “O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento”, acrescenta.

A confiança dos consumidores com faixa salarial até R$ 2,1 mil avançou 0,6 ponto em dezembro e ficou em 63,7 pontos. Já o índice entre a faixa salarial acima de R$ 9,6 mil ganhou 2,3 pontos no mês, encerrando o ano em 87, 6 pontos. “2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda”, completa Viviane.