É bom comprar ações da Lojas Renner (LREN3) após a disparada do lucro? Veja análises

Os resultados da Lojas Renner no segundo trimestre superaram expectativas, analisa o Citi

A Lojas Renner registrou lucro líquido de R$ 360,4 milhões no segundo semestre deste ano, avanço de 86,6% na comparação com igual período de 2021. Em relação ao segundo trimestre de 2019, período pré-pandemia, a alta foi de 56%. É bom comprar as ações da varejista após o balanço? Veja as análises a seguir.

Citi

Os resultados da Lojas Renner no segundo trimestre superaram expectativas, diz o Citi, com o desempenho de varejo impulsionando o Ebitda para 5% acima das estimativas e compensando a fraqueza nos números dos serviços financeiros.

Os analistas liderados por João Pedro Soares escrevem que as receitas superaram em 11% as projeções do banco, com destaque também para expansão da margem bruta em 1,8 ponto percentual na comparação anual, criando alavancagem operacional.

Já os serviços financeiros da Realize tiveram forte expansão de receitas, com aumento da carteira de crédito, mas a inadimplência subiu de forma acelerada, chegando a 24,3% do portfólio, aumentando provisões e corroendo margens.

O Citi tem recomendação de compra para Lojas Renner, com preço-alvo em R$ 33, potencial de alta de 16,8% sobre o fechamento de ontem.

Credit Suisse

A Lojas Renner reportou resultados muito bons no segundo trimestre de 2022, acima das previsões, e sinais positivos em todas as operações, com desempenho forte de vendas e um bom trabalho nos níveis de margem bruta de varejo, avalia o Credit Suisse, em relatório.

Os analistas Pedro Pinto e Victor Saragiotto escrevem que a aceleração nas vendas do varejo de 57% ante 2019 veio acima da previsão de 47% do Credit Suisse, com os níveis de despesas, o principal ponto de preocupação da tese de investimento da empresa, em boa forma.

A margem Ebitda em 16% veio 1 ponto percentual acima das projeções, enquanto os resultados de serviços financeiros foram ruins, abaixo do esperado, mas não o suficiente para ofuscar o bom desempenho das operações principais, dizem os analistas.

Ainda segundo eles, 15 meses após o follow-on de R$ 4 bilhões, nenhuma fusão ou aquisição de grande porte foi anunciada, mas os resultados do segundo trimestre mostram que as operações da Lojas Renner estão substancialmente aprimoradas ante o que costumavam ser antes da pandemia, principalmente graças aos esforços de investimento nos últimos dois anos.

O Credit Suisse tem recomendação neutra para as ações da Lojas Renner, com preço-alvo de R$ 43, potencial de alta de 52% ante o fechamento de ontem.

XP

Os resultados da Lojas Renner no segundo trimestre foram robustos e em linha com as estimativas para o período, diz a XP. Destaque para a receita líquida, que cresceu 38% sobre o mesmo período de 2019, impulsionada pela recuperação no varejo e no crescimento dos serviços financeiros.

O analistas Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday escrevem que a rentabilidade do varejo foi um ponto positivo, com margem bruta retomando patamares próximos a 2019, impulsionado pelo menor nível de remarcações.

O ponto negativo foi a rentabilidade dos serviços financeiros, menores que as estimativas já conservadoras, rente à inadimplência mais elevada, o que a empresa sinalizou que já foi resolvido. “Destacamos que a empresa sinalizou que as vendas do terceiro trimestre estão em linha com suas expectativas, reiterando sua meta de atingir um Ebitda nominal em linha com os níveis de 2019”, pontuam.

A XP tem recomendação de compra para Lojas Renner, com preço-alvo em R$ 32. Há pouco, as ações tinham alta de 2,97%, cotadas em R$ 29,09.

Santander

A Lojas Renner registrou desempenho estelar na operação de varejo no segundo trimestre, acima da expectativas, avalia o Santander. Os analistas Eric Huang e Ruben Couto destacam que a companhia apresentou vendas mesmas lojas de 37,8%, acima das estimativas do banco.

“O desempenho impressionante no trimestre resultou de uma execução completa em meio ao crescente tráfego nas lojas após temperaturas mais frias”, comentam. Segundo eles, a expertise da Renner na coleção de roupas de inverno não decepcionou, diante um estoque assertivo e baixas remarcações em patamares recordes.

“Vemos o copo meio cheio nos resultados da Renner no segundo trimestre, com números impressionantes na divisão de varejo sendo um contribuinte muito mais relevante para atingir ou até mesmo superar as projeções [da companhia] para o segundo semestre”, avaliam.

Após os resultados, o Santander reiterou a recomendação de compra para Lojas Renner, com preço-alvo de R$ 34.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.