Investimento de rico: veja as ações e os fundos favoritos dos endinheirados

O ano começou positivo para a bolsa brasileira. Em janeiro, o Ibovespa subiu 3,4%. A alta, no entanto, foi explicada principalmente pela chegada de investidores estrangeiros, que se mostraram mais otimistas com o novo governo que os locais.

Os brasileiros seguem cautelosos, inclusive os mais ricos. Segundo o levantamento mensal feito pela Smartbrain, esse público aumentou sua exposição aos fundos multimercados, mas diminuiu a parcela de ações e fundos de ações.

Como é feita a pesquisa?

A pesquisa é feita com base na plataforma da empresa, que processa diariamente mais de 340 mil extratos de investimentos, somando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados.

O estudo observa carteira de investidores dos seguintes segmentos:

• de varejo: que têm entre R$ 50 mil e R$ 300 mil e são 27,48% do total;
• de alta renda: com R$ 300 mil a R$ 3 milhões e são 41,57% do total;
• private: entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões e são 27,24% do total;
• ultra high: acima de R$ 50 milhões e são 3,7% do total.

Onde os ricos investem?

As categorias de investimentos englobam ativos como: ações, fundos de ações, fundos multimercados, fundos de renda fixa, fundos imobiliários e outros investimentos (onde entram, por exemplo, as criptomoedas).
Em janeiro, mesmo com a alta da bolsa, a participação em ações caiu. Antes, elas eram 11,1% das carteiras e passaram a ser 10,65%.

A participação dos fundos imobiliários também ficou menor, saindo de 1,79% para 1,58% do portfólio. O mesmo aconteceu com os produtos de previdência, que saíram de 6,79% para 6,44%.

Por outro lado, a alocação em renda fixa, que continua ocupando a maior parte da carteira desse público, teve uma leve alta, especialmente com as perspectivas de que os juros continuarão altos. A participação saiu de e 39,42% para 39,56%.

Mas isso não significa que os investidores não colocaram uma “pimenta” em seus portfólios. A participação dos fundos multimercados subiu, assim como em dezembro, e saiu de 37,01% para 37,91%.

A categoria “outros” ficou perto da estabilidade, saindo de 3,89% para 3,85%.

As ações favorita

Desde outubro do ano passado, a lista de ações favoritas dos mais ricos têm se tornado mais conservadora.

Com isso, papéis do setor financeiro e de exportadoras de commodities (setores que tendem a mostrar mais resiliência) vêm sendo os favoritos.

A “pimenta” fica por conta de ações do varejo de alta renda e também do segmento de “atacarejo”, que tende a se beneficiar do período de férias e carnaval, com aumento da circulação em restaurantes e bares.

A mineradora Vale (VALE3) e a petrolífera Petrobras (PETR3; PETR4) seguem na lista de favoritas, assim como em dezembro. A novidade fica por conta da Vibra (ex-BR Distribuidora; VBBR3). Além delas, a companhia de logística Rumo (RAIL3) também entra na seleção.

No lado dos “bancões”, Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Itaú (ITUB3; ITUB4) também continuam na lista, mas ganham a companhia da Itaúsa, holding do Itaú, e do BTG Pactual. Além dos bancos, o setor financeiro ainda tem o BB Seguridade e a Porto (ex-Porto Seguro) como representantes na carteira das favoritas.

A ação da rede de shoppings centers Iguatemi, que se aproveita do movimento de começo de ano e férias, continua na lista. A novidade fica por conta da rede de atacarejo Assaí.

Ações que os ricos investiram em janeiro

Abaixo, os fundos multimercados

Os fundos imobiliários preferidos dos mais ricos

E os fundos de renda fixa dos mais ricos