Carteira de dividendos: as ações preferidas do mercado para investir em junho
Confira os papéis com potencial de alta e de distribuir proventos que são recomendados neste momento por BTG, BB, Safra, Empiricus e Ágora
Valorização ao longo do tempo mais pagamentos recorrentes de dividendos. Eis uma combinação perfeita para quem investe em ações. Por isso, a Inteligência Financeira te ajuda a identificar papéis recomendados pelos especialistas do mercado financeiro que concentram exatamente este objetivo.
Ou seja, “as melhores empresas sob a ótica de geração total de valor ao acionista com foco na distribuição de proventos”. Isso pegando carona na descrição da carteira de dividendos do BTG Pactual.
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Além do BTG, também conferimos os portfólios de BB, Safra, Empiricus e Ágora fundamentados nesta estratégia de investimento para junho.
VIVT3, TIMS3 ou as duas?
Então, a carteira de dividendos do BTG para o mês traz alguns ajustes. “Retiramos Copel e reduzimos participações de Petrobras e JBS. Adicionamos Ambev e Vivo (ambas com 5%) e TIM (com 10%)”. Logo, o banco tem as duas maiores empresas de telefonia da bolsa entre as recomendações.
Últimas em Renda variável
Para os investidores que buscam ações mais seguras, a Vivo é uma boa opção, principalmente se o mercado apresentar desempenho mais fraco, diz o BTG. “O dividend yield que esperamos para 2024 está em 9,2%, acima das empresas de telecomunicações dos EUA (6,6%).”
Sendo que dividend yield é o índice usado para medir o ganho com dividendos. Em suma, é a razão entre o dividendo pago por ação e a cotação da ação.
Enquanto isso, o banco vê a TIM “negociando com um dividend yield atrativo de 8,7%”. Assim como avalia que a companhia tem um modelo de negócio estável, posicionamento competitivo sólido e forte geração de caixa.
“Proporciona um elevado dividend yield, o que também ajuda a aumentar sua característica de defensividade para a nossa carteira.”
Portanto, a carteira de dividendos do BTG para junho ficou assim:
- Itaú Unibanco (ITUB4)
- Petrobras (PETR4)
- Vale (VALE3)
- Vivo (VIVT3)
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Eletrobras (ELET6)
- JBS (JBSS3)
- BB Seguridade (BBSE3)
- Gerdau (GGBR4)
- TIM (TIMS3)
- Cyrela (CYRE3)
- Ambev (ABEV3)
Novidades: CPFE3 e TAEE11
Na sequência, o portfólio do BB Investimentos engloba dez ações que, na visão do banco, apresentam “o maior potencial trimestral de valorização dentre empresas que regularmente pagam dividendos”.
Para ficar mais claro, as mudanças são feitas a cada três meses, nos fechamentos dos meses de novembro, fevereiro, maio e agosto.
“Para o trimestre que se inicia em junho de 2024, a Carteira BB Dividendos alterou três ações: Saíram: Engie (EGIE3), Grendene (GRND3) e SLC (SLCE3)”, mostra o relatório.
“Esse movimento para a entrada de CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11) e Vivo (VIVT3). Que com Bradespar, (BRAP4), Cemig, (CMIG4), CSN Mineração (CMIN3), Copasa (CSMG3), Petrobras (PETR4), TIM (TIMS3) e Isa Cteep (TRPL4) consolidam os 10 nomes que serão mantidos até o final do mês de agosto de 2024”, detalha o BB Investimentos.
VALE3 e PETR4, claro
Entre as apostas do Safra de ações com bom potencial de pagamento de dividendos e expectativa de crescimento estão duas gigantes da bolsa brasileira: a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR4). O banco ainda concentra 60% do portfólio de recomendações para junho em papéis de serviços financeiros (30%) e de utilidades básicas (30%).
No primeiro setor estão Itaú Unibanco (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa Seguridade (CXSE3). Enquanto que no segundo constam Copel (CPLE6), Cemig (CMIG4) e Eletrobras (ELET6).
Fecham a lista do Safra: Direcional (DIRR3) e Telefônica Brasil (VIVT3).
Retorno e reinvestimento
Partindo para a carteira de dividendos de junho da Empiricus, vale conferir o que a casa prioriza na seleção dos ativos.
“Nomes que acreditamos atender plenamente os requisitos para compor um portfólio de verdadeiros investidores de dividendos: aqueles focados no longo prazo, na busca pela paz de espírito”, diz o texto. “Além de níveis de retornos superiores no longo prazo, obviamente, ajudados pelos reinvestimentos dos dividendos recebidos”, acrescenta.
Mas indo ao que interessa, a Empiricus fez um ajuste pontual na carteira, com a saída de SLC Agrícola (SLCE3) e a entrada de Porto Seguro (PSSA3).
“Apesar de as ações da SLC estarem bastante descontadas, o preço dos grãos segue sem forças para se recuperar. E nas últimas semanas o algodão também perdeu ímpeto com sinais de sobreoferta”, explica a casa.
“Por outro lado, no caso da Porto, apesar da desconfiança com o seu principal segmento, seguro de veículos, ela tem entregado números resilientes não só nesta área, mas também em novas verticais (saúde e banco) que têm contribuído cada vez mais para o crescimento consolidado. Além disso, vemos a companhia mais descontada do que as concorrentes, além de estimarmos impactos limitados dos desastres na Região Sul”, sustenta a Empiricus.
A troca deixou a carteira de dividendos para junho assim:
- Gerdau (GGBR4)
- Eletrobras (ELET6)
- Cyrela (CYRE3)
- Porto Seguro (PSSA3)
- B3 (B3SA3)
ITSA4 no embalo de ITUB4
Por último, a Ágora sinaliza que a sua carteira de dividendos traz recomendações para o “investidor com perfil conservador, mas que tolere os riscos do investimento em renda variável”.
Nesse sentido, o portfólio é composto por cinco ações, sendo que quatro delas foram mencionadas aqui anteriormente: BB Seguridade (BBSE3), Cemig (CMIG4), Vale (VALE3) e Telefônica Brasil/Vivo (VIVT3). Contudo, a casa traz um nome diferente: Itaúsa (ITSA4).
“A holding registrou um aumento anual de 38,1% no lucro líquido recorrente no primeiro trimestre, subindo de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões. Embora esse desempenho tenha sido impulsionado principalmente pelo resultado recorrente do Itaú Unibanco (R$ 956 milhões) e pelo melhor resultado financeiro da holding (R$ 126 milhões), enquanto o resultado das participações não-financeiras caiu 21%, para R$ 182 milhões”, observa a Ágora.
“Continuamos a acreditar que as discussões sobre mudanças nos juros sobre capital próprio (JCP) sejam as mais importantes para a tese de Itaúsa. Pois eliminaria algumas ineficiências tributárias e contribuiria para a redução do desconto que as ações guardam em relação ao valor de mercado da participação em suas investidas. Até lá, os dividendos do Itaú Unibanco (ITUB4) continuam sendo um grande direcionador para as ações, além de oferecerem algum nível de proteção aos investidores”, completa a casa.