Tesouro Direto: 83% dos investidores aplicaram até R$ 5 mil no ativo
Venda de títulos cresce em meio à disparada da inflação e alta dos juros
O número de investidores no Tesouro Direto atingiu a marca de 1.827.392 de pessoas em janeiro, um aumento de 13.265 pessoas no mês. Se você acha que esse volume de gente investiu milhões no ativo, você está enganado ou errada. Segundo o Tesouro Nacional, 82,8% das vendas dos títulos foram de até R$ 5 mil, o que demonstra a utilização do programa por pequenos investidores. O valor médio por operação neste mês de fevereiro é de R$ 6.342,02
As vendas de títulos públicos somaram R$ 3,503 bilhões em janeiro, enquanto os resgates totalizaram R$ 2,477 bilhões no período, informou o Ministério da Economia. Com isso, a venda de títulos foi maior do que os resgates, resultando em uma “emissão líquida” de R$ 1,026 bilhão no mês passado. Em janeiro de 2020, os resgates superaram as vendas em R$ 734,7 milhões.
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E o que você tem a ver com isso?
Você, investidor e investidora, tem bastante ligação com esses dados levantados pelo Ministério da Economia. Os números mostram que, até aqui, o volume de investidores pessoa física negociando esses papéis vem aumentando. É um mercado que, basicamente, depende da confiança dos investidores de que o governo federal vai pagar pelos papéis e de que o investimento vale a pena. O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 e permite a pessoas físicas a compra de títulos do governo pela internet, por meio de bancos e corretoras. O resultado positivo de janeiro deste ano foi puxado pela alta de 65% nas vendas de títulos, na comparação com janeiro do ano passado. Foram realizadas 552.466 operações de venda de títulos a investidores.
Títulos indexados à Selic
O título mais demandado pelos investidores em janeiro foi o indexado à Selic, cuja participação nas vendas atingiu 50,5%, de acordo com informações do Tesouro Nacional. Já os títulos indexados à inflação corresponderam a 35,7% do total. Já os prefixados, a 13,8%. O aumento da venda de títulos atrelados à Selic ocorre em meio à alta da taxa básica de juros, que atingiu 10,75% em fevereiro. A compra desses títulos públicos é utilizada por investidores para proteger o dinheiro contra a perda de poder de compra gerada pela inflação – há papéis que garantem ao investidor retorno acima do índice de inflação.
Mais de R$ 80 bi em estoque
Em janeiro, o saldo total (estoque) de títulos do Tesouro Direto em mercado alcançou R$ 80,91 bilhões, o que significa aumento de 2,2% em relação ao mês anterior (R$ 79,19 bilhões) e aumento de 29,4% sobre janeiro de 2021 (R$ 62,51 bilhões). Os títulos remunerados pela inflação respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 55,6%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 27,2%, e os títulos prefixados, com 17,2%.
Com reportagem do g1