Renda fixa: como escolher a melhor opção para o seu bolso?
Com os juros altos, alguns ativos se tornaram mais atrativos, outros nem tanto. Entenda o que considerar na hora de investir
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic para 10,75%, alguns investimentos, principalmente os de renda fixa, foram beneficiados. “Alguns ativos se tornaram ainda mais atrativos, outros nem tanto. A expectativa é de que a taxa continue subindo neste ano”, ressalta Samuel Cunha, economista e sócio da H3 Invest.
Como escolher a melhor opção?
“Nos últimos meses, os títulos pós-fixados se beneficiaram muito. Quanto mais alta a taxa de juros, maior a remuneração. Em relação aos títulos prefixados, muitos acabaram ficando abaixo das taxas de hoje, não tendo um rendimento tão relevante. Títulos atrelados à inflação também têm tido um bom desempenho, apesar da expectativa de desacelerar em 2022”, explica Samuel.
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Segundo o economista, justamente pela alta dos juros prevista para os próximos meses, os títulos pós-fixados tendem a continuar interessantes. “O investidor precisa ter em mente que os títulos de renda fixa precificam uma perspectiva, sendo afetados pela incerteza fiscal e política. Por isso, é importante entender o cenário antes de investir na modalidade”, ressalta.
Quais são os riscos?
Se você pensa em diversificar a carteira de investimentos na renda fixa e investir em títulos de crédito privado, deve prestar atenção no risco de crédito. “É importante buscar informações sobre a empresa que está emitindo, sua solidez financeira, o motivo da captação e o rating daquela operação”, explica Samuel. Assim como os brasileiros têm um score de crédito, as empresas também passam por uma avaliação de risco. O rating mensura a capacidade daquela empresa de honrar seus compromissos financeiros.
Outro risco que deve ser destacado é o de mercado. “O investidor que decide sair no meio do caminho pode ter uma remuneração maior ou menor do que se carregasse o título até o vencimento. Isso pode variar de acordo com as perspectivas da economia. Também é importante ficar de olho”, ressalta o economista.