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Letras Financeiras e Letras de Câmbio: vale a pena investir?
Ativos menos populares, mas que trazem boas oportunidades, as Letras Financeiras e as Letras de Câmbio podem ser opções para quem quer diversificar na renda fixa. O funcionamento é semelhante ao de outros investimentos da categoria.
“Eles são menos populares por não serem comentados nos meios de comunicação em massa. Como a grande parte dos investidores desconhecem as características dos produtos, preferem optar pelo mais tradicional. Por outro lado, há boas oportunidades, principalmente nas Letras Financeiras”, ressalta Nayra Sombra, sócia da HCI Invest e planejadora financeira CFP pela Planejar.
O que são as Letras Financeiras?
As Letras Financeiras, mais conhecidas como LF’s, são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras, como bancos e cooperativas de crédito.
“Essas letras são emitidas com a finalidade de captar recursos de longo prazo e, em contrapartida, oferecer aos investidores rentabilidades mais atrativas em razão do prazo e da impossibilidade de resgate antecipado”, explica Nayra.
O prazo mínimo é de dois anos e o valor inicial é de R$ 50 mil, podendo ter opção de resgate/recompra pela instituição emissora, desde que respeitado alguns critérios.
“A rentabilidade é definida no momento da aplicação, podendo ser prefixada, pós-fixada (CDI) ou híbrido (IPCA +taxa real). Por conta do prazo, a tributação é de 15% sobre os rendimentos”, ressalta a planejadora financeira.
O que são as Letras de Câmbio?
Já as Letras de Câmbio, ou simplesmente LC’s, são títulos de renda fixa de financeiras, como sociedades de crédito, financiamento e investimentos.
“São título de crédito utilizados para captação de recursos financeiros por empresas, em que o emissor (sacado) se compromete a pagar ao beneficiário (tomador) uma determinada quantia em dinheiro, acrescida de juros e encargos, em uma data futura específica. Traduzindo, representa uma ordem de pagamento”, explica Nayra.
Assim como as Letras Financeira, a rentabilidade também pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. Os valores de entrada são mais baixos, geralmente a partir de R$ 1 mil.
“O prazo também varia, podendo ter até liquidez diária. Vale destacar que, quanto mais longo o prazo, maiores as chances de conseguir uma boa rentabilidade. O IR é conforme a tabela regressiva”, ressalta a planejadora.
Para qual perfil são esses investimentos?
Aqui está uma importante diferença entre os ativos. De acordo com Nayra, as Letras de Câmbio são melhores para investidores conservadores, já que têm garantia do FGC até o limite de R$ 250 mil.
“Já as Letras Financeiras não contam com a garantia do FGC. Logo, são para clientes mais experientes e cientes dos riscos envolvidos na operação”.
Vale a pena investir?
Essa é uma decisão que varia de acordo com o contexto. Segundo Nayra, é importante entender o perfil de investidor, assim como prazos e riscos. No caso das Letras Financeiras, por exemplo, os prazos são maiores – além do aporte mínimo mais generoso.
“Estes produtos podem trazer oportunidades, especialmente as Letras Financeiras, que por não terem garantia do FGC e prazos de investimentos mais longos, costumam oferecer uma rentabilidade superior a CDB’s, LCI’s e LCA’s. O risco envolvido na operação volta em forma de uma rentabilidade superior ao cliente com apetite a este tipo de risco”, explica.
A especialista dá uma dica importante: “Para iniciar um investimento sem liquidez e com o prazo mais longo, é fundamental fazer um bom planejamento financeiro para evitar surpresas caso precise sacar seus rendimentos antes da hora.
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