ETF de bitcoin com dividendo mensal de 2% chega à B3

Buena Vista também lança ETF de small caps americanas, este com provento de cerca de 1% ao mês

Renato Nobile é sócio-fundador da gestora independente Buena Vista. Foto: Cauê Diniz/Divulgação
Renato Nobile é sócio-fundador da gestora independente Buena Vista. Foto: Cauê Diniz/Divulgação

A gestora de recursos brasiliense Buena Vista Capital lança nesta sexta-feira (13) na B3 o primeiro ETF (cota de fundo negociada em bolsa) de bitcoin com provento mensal ao investidor.

Sob a sigla COIN11, o produto embute dividendo mensal de cerca de 2%.

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O ETF tem como referência o índice americano NEOS Bitcoin High Income Index, que já tem um ETF correspondente nos Estados Unidos.

O investimento tem taxa de administração de 0,98% ao ano.

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Além disso, o rendimento é sujeito a uma alíquota de Imposto de Renda de 15% na fonte. Portanto, o investidor não precisa emitir o DARF.

O movimento da Buena Vista, gestora especializada em ETF, acontece no momento de frisson do mercado de criptomoedas.

Assim, na esteira do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos e da eleição do republicano Donald Trump, notório defensor das moedas digitais, o bitcoin acumula valorização superior a 150% em 2024.

“Achamos que o momento ainda é muito favorável para criptomoedas”, disse à Inteligência Financeira o gestor da Buena Vista Capital, Renato Nobile.

O executivo também revelou que a gestora avalia mais adiante lançar uma família de mais ETFs de moedas digitais, à medida que o investimento se populariza no Brasil.

ETF de small caps dos Estados Unidos, também com proventos

Além do COIN11, a Buena Vista também está lançando o IWMI11. O ativo foca nas small caps americanas, que são empresas com valor de mercado entre US$ 300 milhões e US$ 2 bilhões.

O IWMI11 segue o NEOS Russell 2000 High Income, índice que mede o desempenho da parte inferior do índice Russell 3000, o índice com a três mil maiores empresas americanas.

Neste caso, a taxa de administração está em 0,83% ao ano. E o provento mensal é de pouco mais de 1% ao mês, ou 14% anual.

A cesta com cerca de dois mil nomes tem marcas como Udemy, Papa John’s, Coursera, Victoria’s Secret, GoPro e AMC.

De carona na ascensão dos ETFs

Apesar de já existirem no País há duas décadas, os ETFs ainda representam apenas 1% do patrimônio da indústria brasileira de fundos de investimento.

Desde o ano passado, contudo, o mercado de ETFs ganhou novo impulso com o surgimento dos ETF que pagam dividendos mensais.

Assim, a Buena Vista, criada em 2021, pegou carona nesse movimento.

Desde então, lançou o SPYI11, focado nas 500 maiores empresas americanas (S&P 500), e o QQQI11, com empresas do índice Nasdaq-100, ambas com proventos mensais.

Diferente do convencional, os dividendos desses produtos não é resultado da distribuição de lucros das empresas (casos das ações) ou de receita de aluguel (fundos imobiliários), mas de um engenharia financeira envolvendo derivativos, que lucra explorando a volatilidade do mercado.

“Como o bitcoin é mais volátil do que as bolsas, logo o provento também é maior”, explica Nobile.

Atualmente, a gestora tem cerca de R$ 270 milhões de patrimônio sob gestão e conta com mais de 15 mil cotistas em seus produtos.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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