Cinco perguntas para você fazer antes de investir em uma criptomoeda

Em 2013, havia 66 criptos; hoje são quase 10,4 mil

- Ilustração: Marcelo Andreguetti
- Ilustração: Marcelo Andreguetti

O mercado de criptomoedas não para de crescer em todo o mundo. Já são quase 10,4 mil moedas digitais em circulação e não há, pelo menos por enquanto, sinais de que o número vá parar de crescer ou encolher. Com tantas opções, compôr uma carteira de criptos pode ser uma tarefa muito desafiadora. 

Dados dos sites CoinMarketCap e Investing.com e do banco de investimentos GP Bullhound mostram a evolução do número de criptomoedas presentes no mercado desde 2013, quando apenas 66 criptos haviam sido catalogadas pelo GP Bullhound. Acompanhe:

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Fontes:GP Bullhound, CoinMarketCap e Investing.com

Como escolher criptomoedas?

Os números deixam claro que opções não faltam. Mas veja: nem todos os ativos são boas opções de investimento. Por isso, saber escolher uma criptomoeda é uma habilidade essencial e estas perguntas e respostas vão te ajudar neste processo:

1. Qual é o propósito da cripto?

A primeira coisa que especialistas olham é para o problema que a criptomoeda vai resolver. É por isso que muitos se referem a elas como “projetos”. Algumas criptos de memes, como o Dogecoin, ganharam muita fama no mercado, mas, pensando no longo prazo, a recomendação é que o ativo tenha um propósito. Raquel Vieira, especialista em criptomoedas da Top Gain, diz que o primeiro ponto que olha ao analisar um ativo é seu propósito. “A cripto vem solucionar um problema no mundo real e trazer inovação?”, questiona, indicando que o investidor deve fazer o mesmo ao pensar em adicionar um criptoativo à carteira. 

2. Quem são os desenvolvedores do projeto? 

Os golpes envolvendo criptomoedas não são raros. Muitos desenvolvedores não mostram sua identidade e “aparecem” ao público usando avatares, o que deve ser um ponto de atenção para quem quer investir em seu projeto. “É fundamental conhecer os desenvolvedores. Há muito golpe no mercado, por isto é importante conhecer quem criou, saber se tem competência e uma equipe com experiência em negócios e blockchain por trás”, diz Luiz Pedro Andrade, Analista Chefe de Criptoativos na NORD Research. 

3. Como saber se a criptomoeda está cara ou barata? 

Para responder esta pergunta, é preciso saber a quantidade de moedas que está circulando atualmente no mercado, quantas serão emitidas e se há um teto de emissão. Isto ajuda a entender como se dará a oferta da moeda em determinado período de tempo. “Uma cripto que tem 21 milhões de unidades, como o bitcoin, e ainda vale US$ 10 pode ser considerada com potencial para atingir um valor mais alto”, diz Raquel Vieira. 

4. Esta criptomoeda está sendo aceita pelos investidores? 

Esta é uma das perguntas que Raquel Vieira propõe aos entusiastas do mercado. Depois de verificar como é a dinâmica da oferta da cripto, é preciso observar o outro lado do balcão, o da demanda. Afinal, se não há uma comunidade por trás do ativo, você pode comprar e ver a cotação estagnar ou despencar ou ainda não ter compradores para aquele ativo. 

5. Este boato é verdadeiro? 

É comum no mercado de criptomoedas ver recomendações de projetos que serão, segundo uma fonte sem credibilidade, usados por grandes empresas, como Google ou Facebook. São apontadas como “o Google está apostando nesta criptomoeda”. Isto é feito para enganar investidores e inflar o preço do ativo. “Decisão de investimento baseada em boatos é um erro comum. Dizem que uma grande empresa vai usar o projeto sem ter nada oficial”, explica Fabricio Tota, diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin. 

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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