Uso do Pix cresce 125% em 2023, aponta levantamento do Itaú Unibanco

Alta foi registrada entre janeiro e agosto e considera transferências de CPF para CNPJ

Pix cai no gosto do brasileiro - estudo mostra quem mais usa o meio de pagamento
Pix cai no gosto do brasileiro - estudo mostra quem mais usa o meio de pagamento

O Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, por sua praticidade, instantaneidade e segurança. Então, além de substituir o Doc, o Pix ganha espaço entre os clientes, cujo dia foi celebrado na sexta-feira (15). Segundo levantamento do Itaú Unibanco, o uso do Pix cresceu 125% neste ano até agosto, na comparação com o mesmo período de 2022.

“O Pix vem ocupando um espaço importante na forma como o brasileiro transaciona e tem um papel complementar aos cartões de crédito e débito. Os dados corroboram a relevância que esta forma de pagamento tem alcançado na vida das pessoas”, afirma Mario Miguel, diretor de Pagamentos do Itaú Unibanco.

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O que o brasileiro paga com Pix

O segmento de alimentação lidera com folga entre os que mais recebem pagamentos com Pix, com 17% do total das transações realizadas no período.

Outros destaques são telefonia e lojas (4% cada), combustíveis, materiais de construção e farmácias (2% cada).

“Uma tendência que identificamos no estudo é a do pagamento de contas com o Pix. Dois segmentos estão entre os que mais cresceram: água (pagamentos de conta das concessionárias), com alta de 449%, e telefonia, com alta 220%”, afirma Mario.

Quem paga mais com Pix, homens ou mulheres?

Considerando o recorte por gênero, os homens gastam mais compras com Pix do que as mulheres. Assim, eles são responsáveis por 66% do faturamento total.

No número de transações, a divisão é mais equilibrada, com 56% das compras com Pix feitas por homens, e 44%, por mulheres. Com isso, o ticket médio masculino é maior – e R$ 389, contra R$ 254 do feminino.

Os mais jovens preferem o Pix

Olhando para as gerações, o consumo com o Pix é um reflexo da realidade populacional brasileira, e mostra como ela vem se alterando. A geração Y – nascidos entre 1981 e 1996 – é a que mais o utiliza nas compras, com 52% das transações.

Por outro lado, ela é seguida pela geração X (nascidos entre 1965 e 1980), com 26%l Já a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), tem17%. E os babyboomers (nascidos entre 1946 e 1964) representam 6%.

Entretanto, os mais velhos ainda têm um ticket médio bem maior, de R$ 733 – quase seis vezes maior que o da geração Z, que é de R$ 125.

A geração X gasta, em média R$ 463, e a Y, R$ 272.

Solteiros usam mais o Pix do que os casados

Já quando o filtro é o estado civil, os solteiros são os que mais compram com o Pix, representando 65% das transações, enquanto os casados têm 27%. Considerando o valor gasto com a modalidade, os casados têm mais representatividade, com 41% (e 50% dos solteiros). Isso se reflete em um ticket médio maior de quem é casado (R$ 497 contra R$ 256 dos solteiros).

Uso do Pix é maior às sextas-feiras

Porém, as compras com Pix estão bem distribuídas entre os dias da semana, com as sextas-feiras ligeiramente na frente, com 16% das transações, e o domingo por último, com 10%.

Entretanto, o valor gasto está concentrado nos dias úteis – as segundas lideram, com 19% do valor transacionado, enquanto o domingo tem apenas 4%. Mas o público parece estar cada vez mais utilizando o Pix aos domingos – é o dia em que transações e valor gasto mais cresceu em 2023 – 154% e 90%, respectivamente – acima da média total e dos demais dias.

Já considerando o horário, 40% das compras com Pix estão concentradas no período da tarde (entre 12h e 18h). A parte de noite (entre 18he 0h) tem 30% das transações, seguida da manhã (6h – 12h) com 26% e madrugada (0h-6h) com 5%. As manhãs têm o ticket médio maior, de R$ 390, enquanto na madrugada ele é de R$ 73.

Como foi feito o estudo

Dessa forma, os dados fazem parte do estudo Análise do Comportamento de Consumo, relatório que traz um panorama dos gastos dos brasileiros.

Assim, neste caso, a análise foi feita com base nas transações via Pix realizadas por clientes do Itaú Unibanco, considerando aquelas feitas de pessoa física para pessoa jurídica – entre janeiro e agosto de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.

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