Presidente da Levi’s renuncia por causa de opinião sobre fechamento de escolas durante a pandemia

Executiva pediu demissão e abriu mão de indenização de US$ 1 milhão para que pudesse 'ficar livre' para se manifestar contra o fechamento de escolas

Jennifer Sey, de 52 anos, que era presidente da marca Levi’s desde o fim de 2020, anunciou sua renúncia, citando divergências com colegas, entre eles o executivo-chefe, Chip Bergh, sobre suas opiniões públicas com relação às restrições impostas às aulas durante a pandemia.

Sey disse no domingo que renunciou depois de mais de 20 anos na empresa. A executiva usou o Twitter com frequência e deu entrevistas à mídia para discutir sua oposição contrária ao fechamento de escolas durante a pandemia.

Reprodução: Twitter

Em um texto publicado na segunda-feira, Sey escreveu que foi “condenada por se manifestar” e os executivos da Levi Strauss pediram que ela limitasse essas declarações públicas. Ela alegou que em uma reunião recente com Bergh, ele teria dito que sua permanência era insustentável.

Sey diz que acabou sendo informada de que não teria futuro na empresa. Ela afirmou, em entrevista a Forbes, que desistiu da oferta da empresa de um pacote de indenização de US$ 1 milhão porque teria que assinar um acordo de confidencialidade.

Em um comunicado na segunda-feira, a Levi Strauss confirmou que a executiva renunciou e disse que iniciou uma busca por um novo presidente da marca Levi’s. A empresa nomeou outro executivo, Seth Ellison, para ocupar temporariamente o cargo.

Sey é ex-ginasta olímpica que competiu em Moscou, diz que começou sua carreira na Levi’s em 1999, como analista de marketing e progrediu na hierarquia, até se tornar a primeira mulher presidente da marca.

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