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Pesquisa Genial/Quaest: Diferença entre Lula e Bolsonaro cai para 14 pontos
A nova pesquisa Genial/Quaest sobre a corrida presidencial, divulgada nesta quarta-feira (6), mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto no primeiro turno. Em segundo lugar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece com 31%. A vantagem do petista sobre o adversário, hoje em 14 pontos percentuais, era de 16 pontos, em junho, e 17 em maio.
O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, oscilou de 7% para 6%. Simone Tebet (MDB), mesmo após o anúncio da aliança com o PSDB, aparece com 2%, o mesmo resultado de André Janones (Avante). Pablo Marçal (Pros) marca 1%, e os outros pré-candidatos não pontuaram.
Na simulação de segundo turno, Lula mantém a dianteira, com 53% contra 34% de Bolsonaro. Em relação ao levantamento de junho, o petista oscilou negativamente um ponto, enquanto o presidente oscilou positivamente dois pontos, de 32% para 34%. Outros 9% dos entrevistados disseram que não votariam num segundo turno entre Bolsonaro e Lula e 4% afirmaram que ficariam indecisos nesse cenário.
A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro permanece alta, em 59%, oscilando negativamente um ponto percentual na comparação com o mês passado. Ciro Gomes é o segundo mais rejeitado, com 55%. Lula tem índice de rejeição em 41%, oscilando positivamente um ponto.
A sondagem Genial/Quaest ouviu presencialmente 2.000 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 29 de junho e 2 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa está registrada com o número BR-01763/2022 na Justiça Eleitoral.
O que pode explicar a variação pró-Bolsonaro?
Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa, avalia que o atual mandatário pode estar conseguindo passar a impressão de que está tentando resolver os problemas do povo. “caiu o percentual de eleitores que responsabilizam Bolsonaro pelo aumento do preço dos combustíveis (de 28 para 25%). Ele conseguiu terceirizar parte da responsabilidade para a Petrobras (de 16% para 20%)”, comenta.
Além disso, observa Nunes, 42% dos eleitores dizem que o presidente está fazendo o que pode para impedir o aumento no preço dos combustíveis. “Note que este percentual é maior do que o que declara intenção de voto nele. Essa nova atitude de Bolsonaro tem potencial para alavancar sua imagem”, aponta.
O eleitorado está muito informado sobre o que Bolsonaro vem tentando fazer na pauta econômica, cita o diretor. “0% sabem que o presidente está tentando aumentar o Auxílio para R$ 600, 54% que ele brigou para forçar a saída do presidente da Petrobras, 46% que ele está tentando criar subsídios para as categorias de transporte e 45% que ele está forçando a redução do ICMS dos estados.”
A pró-atividade presidencial captada pelo levantamento, conforme Felipe Nunes, só não gerou mais resultado porque os escândalos com a prisão do ex-ministro da educação e as denúncias de assédio contra o Presidente da Caixa também ficaram conhecidas (54% cada uma) e produziram danos sobre as chances de voto em Bolsonaro.
“Os 10% dos eleitores de Bolsonaro e 43% dos eleitores nem-nem dizem que a prisão de Milton Ribeiro diminui as chances de voto em Bolsonaro”, aponta. “No caso do presidente da Caixa, o dano é ainda maior: 17% dos eleitores de Bolsonaro e 39% dos eleitores nem-nem dizem que as denúncias de assédio contra Pedro Guimarães diminuem as chances de voto em Bolsonaro”, completa.
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