Noruega anuncia que vai voltar a financiar Fundo da Amazônia

Espen Barth Eide, ministro do Clima e do Meio Ambiente, disse que país tem cerca de US$ 483 milhões prontos para serem destinados à causa

Eide: parar desmatamento na Amazônia é crucial para cumprir metas do Acordo de Paris e de desenvolvimento sustentável Marizilda Cruppe/Divulgação
Eide: parar desmatamento na Amazônia é crucial para cumprir metas do Acordo de Paris e de desenvolvimento sustentável Marizilda Cruppe/Divulgação

Após a vitória de Lula nas eleições presidenciais, a Noruega afirmou que vai voltar a enviar dinheiro para o Fundo da Amazônia. O anúncio foi feito por Espen Barth Eide , ministro do Clima e do Meio Ambiente, que ressaltou os compromissos assumidos por Lula durante a campanha para a proteção do meio ambiente como um dos motivos para a retomada do financiamento.

“O presidente eleito Lula defendeu consistentemente a Amazônia e as pessoas que vivem lá durante toda a campanha e no discurso de vitória. A Noruega espera discutir como podemos apoiar esta nova administração nessas questões”, disse Eide.

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O ministro norueguês chamou o Brasil de “parceiro global” e disse querer discutir “os passos necessários para reabrir o Fundo Amazônia junto com o próximo governo brasileiro e a Alemanha”.

Eide disse que a Noruega tem cerca de US$ 483 milhões prontos para serem destinados ao Fundo da Amazônia, segundo a agência de notícias “AFP”.

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O Fundo Amazônia está parado desde abril de 2019, quando o governo Bolsonaro extinguiu os colegiados Comitê Orientador (COFA) e o Comitê Técnico (CTFA), que formavam a base do Fundo. Diante do movimento, Alemanha e Noruega, dois dos principais financiadores do fundo, deixaram de enviar dinheiro para a causa.

O anúncio da retomada do envio de dinheiro pela Noruega marca o retorno do fundo. Ao anunciar a volta do financiamento, Eide destacou a capacidade do Brasil de conseguir produção sustentável enquanto protege a natureza e exaltou o “conhecimento científico, a experiência política e as instituições” do país.

“Parar o desmatamento na Amazônia é crucial se quisermos cumprir as metas do Acordo de Paris e as metas de desenvolvimento sustentável. As florestas em pé fornecem proteção contra as mudanças climáticas”, disse o ministro norueguês. “Saudamos o Brasil de volta como parceiro global nos esforços para reduzir o desmatamento. Estamos prontos para discutir”.

Por Daniela Chiaretti e Pedro Borg

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