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Mesmo internado, Lula não impede o governo de avançar com a LDO de 2025 e o pacote fiscal no Congresso. A portaria do Ministério da Fazenda destravou emendas parlamentares, facilitando a harmonia entre os poderes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lidera as articulações, enquanto a reforma tributária fica para o próximo ano. Lula foi internado para drenar uma hemorragia intracraniana e deve deixar o hospital na próxima semana.
A ausência do presidente Lula internado em São Paulo não impede o governo de tocar no Congresso Nacional a concretização dos principais objetivos traçados para os poucos dias úteis que restam em 2024. Assim, são duas as metas do Palácio do Planalto. Aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e avançar com o pacote fiscal.
Então é esse o resumo de análises feitas na manhã desta quarta-feira (11) por dois economistas e uma fonte que a reportagem mantém anônima e que acompanha de perto o dia-a-dia de Brasília. Essa pessoa conta que tudo estava travado mesmo por conta das emendas parlamentares.
Assim, esse cadeado foi aberto ontem com a publicação de uma portaria do Ministério da Fazenda e de outros entes do governo federal.
Dessa maneira, a portaria nada mais é do que o conjunto de regras para operacionalizar a liberação de emendas dos parlamentares. Incluindo aí as chamadas ‘emendas PIX’. Essas por sua vez são transferências diretas feitas entre o caixa da União e estados e municípios. Agora está OK e a tendência é de harmonia entre os poderes. O comentário é da mesma fonte.
Lula internado e o que é prioridade para o governo
Então, a prioridade é avançar com o pacote fiscal e com a LDO. Assim, concorda com a análise da fonte ouvida pela Inteligência Financeira Felipe Salto. Ele é economista-chefe da Warren Investimentos.
Não é por acaso que na noite de terça-feira o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), designou os deputados Átila Lira (PP-PI) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL) para relatarem no Congresso pontos importantes do pacote fiscal.
Dessa maneira, as expectativas em Brasília giram em torno de aprovar ainda nesta semana a LDO. E possivelmente na semana que vem o pacote fiscal. O pacote pode até ser aprovado essa semana, mas é mais difícil.
E Lula, internado, vai fazer falta?
Dessa forma, na opinião de Salto o ministro da Fazenda Fernando Haddad está no comando da articulação. E foi designado pelo próprio presidente. Isso ajuda bastante.
“Os presidentes das casas (Câmara e Senado) parecem alinhados, mas pende a polêmica sobre as emendas”. Salto é ex-secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo. Ele faz essa afirmação porque entende que os parlamentares são insaciáveis quando o assunto é emenda.
Dessa maneira, o que pesa mais do que a ausência de Lula é o envio aos congressistas da isenção do Imposto de Renda. Isso para quem ganha até R$ 5 mil. A dúvida no Ministério da Fazenda é mandar agora ou não esse projeto para o Congresso.
Reforma tributária fica para o ano que vem
Sergio Vale tem visão parecida. Mas ele acredita que a ausência de Lula em Brasília pesa. Então, ele concorda que o foco será a LDO e o pacote fiscal. Assim, a reforma tributária fica mesmo para o próximo ano. Vale é economista-chefe da MB Associados e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP.
O presidente Lula foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, e posteriormente levado para São Paulo. Na capital paulista realizou procedimento cirúrgico para drenar uma hemorragia intracraniana.
A equipe médica do presidente informou na tarde desta terça que Lula passará por uma nova cirurgia na quinta (12) para bloquear o fluxo de sangue em uma região do cérebro. A medida é para impedir novos sangramentos.
O problema decorre de acidente anterior em que Lula caiu no Palácio do Planalto. A expectativa é que ele deixe o hospital na próxima semana.