Legacy Capital: “Brasil está bem posicionado, mas precisa seguir nas reformas econômicas”
Neste episódio do videocast No Mundo dos Fundos, Felipe Guerra, que está à frente da gestora de R$ 26,5 bilhões em investimentos, diz que crescimento depende de uma agenda positiva para os negócios e o mercado
Pela primeira vez desde a sua criação, em 2018, a gestora de investimentos Legacy Capital está vendo o potencial de crescimento do Brasil aumentar.
“De 2016 para cá, o país fez um trabalho de muitas reformas: reforma trabalhista, reforma da Previdência Social, o marco do saneamento, a privatização da da Eletrobras, desalavancagem do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”, diz Felipe Guerra, sócio-fundador e gestor da Legacy, que tem R$ 26,5 bilhões sob gestão. “A notícia boa é essa: o Brasil está muito bem posicionado. Mas precisamos saber se continuaremos no caminho das reformas – tributária, administrativa, as privatizações – ou se a gente vai para um caminho de reversão das reformas e da política econômica, voltando ao que fez no passado que não deu certo. Essa é a grande questão.”
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Neste terceiro episódio do videocast No Mundo dos Fundos, da Inteligência Financeira, Guerra explica que o Brasil está se destacando até entre seus pares emergentes e atraindo mais investimento estrangeiro. A economia da China vem se enfraquecendo, a Rússia se envolveu em uma complicada guerra com a Ucrânia, a Argentina está no meio de uma grande crise. Já o Brasil deve crescer quase 3% neste ano.
“Em relação ao restante do mundo, a gente tende a ficar mais otimista”, diz Guerra. “Mas o crescimento depende de uma agenda positiva. Com as reformas, o país pode crescer mais, e crescer mais é bom para todos. O governo arrecada mais e consegue gastar mais com políticas essencialistas também.”