Guedes: ‘Se não quiser reduzir preço, que se dane, aumenta e o consumidor sai de perto’
Ministro negou que tenha pedido congelamento de preços a empresários
O cenário externo “é um mar turbulento” e não deve melhorar tão cedo, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, na abertura do Brasil Investment Forum, nesta terça-feira em São Paulo.
“Acho que vai se agravar bastante a situação da economia mundial”, disse ele citando o esgotamento de processos ligados à globalização, a pandemia e a guerra na Ucrânia. “Lá fora o mar é turbulento e vai piorar”, disse.
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“Não tenho a menor dúvida de que viria uma recessão na Europa e Estados Unidos”, afirmou, acrescentando que não existe mais alternativa de “pouso suave”. A pandemia, por exemplo, representou o pior dos mundos, menor oferta e maior demanda, segundo ele.
Para o Brasil, há oportunidades na reconfiguração das cadeias produtivas mundiais, disse Guedes. “Brasil está pertinho e é amigo dos EUA, da Europa e da China”, afirmou. “O Brasil dança com todo mundo.”
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Sobre o corte de impostos como ICMS e IPI, Guedes disse que as medidas dão folga para empresários não terem de ficar reajustando preços. “Foi nesse sentido que falei, não tem nada a ver com congelamento”, afirmou. “Você pode ficar um tempo sem remarcar preços, voluntário, se quiser fazer”, disse. “Não tem nada a ver com tabelamento.”
“Reduzimos os impostos. Mesmo que os custos subam, como caíram os impostos, você pode ficar um tempo sem remarcar preços, ponto. Voluntário, se quiser fazer. Se não quiser, que se dane, aumenta o preço e o consumidor sai de perto”, disse.