Corrida presidencial: PSDB aprova apoio à candidatura de Simone Tebet

Tucanos indicarão vice na chapa

Simone Tebet diz ser liberal na economia e promete ministério paritária se for eleita presidente. Foto: Luiz Cervi e Tomaz Turra/Divulgação
Simone Tebet diz ser liberal na economia e promete ministério paritária se for eleita presidente. Foto: Luiz Cervi e Tomaz Turra/Divulgação

Após cinco horas de reunião, a Executiva Nacional do PSDB aprovou nesta quinta-feira a aliança nacional com MDB e Cidadania, tendo a senadora Simone Tebet (MDB-MS) na cabeça da chapa que vai disputar a Presidência da República. Pelo acordo, o PSDB indicará o vice, que tem como nome principal o do senador Tasso Jereissati (CE).

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, esclareceu que não houve discussão sobre a composição da chapa. Além da indicação de Tasso Jereissati, que é o mais cotado para a vaga, também lembrou o nome da senadora Mara Gabrilli (SP) para integrar a chapa com Tebet.

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Araújo também minimizou a ameaça feita nas redes sociais pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), de romper o acordo em São Paulo em torno da candidatura à reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Como o PSDB em Alagoas declarou apoio ao MDB do senador Renan Calheiros (AL), adversário de Lira, o presidente da Câmara disse que esse movimento afastaria o Progressistas e o União Brasil da aliança com Garcia em São Paulo.

São Paulo é palco da principal aliança entre PSDB e MDB, onde os emedebistas vão indicar o vice de Garcia. Araújo desmentiu Lira, assegurando que o União Brasil continua com Garcia no Estado. “Quando fizemos entendimentos em São Paulo, não houve relação de dependência com o resultado dessa reunião de hoje”, observou. Araújo enfatizou que a questão em Alagoas é “local”, e os partidos estão dedicados a encontrar uma convergência.

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No Rio Grande do Sul, por exemplo, onde o MDB não aprovou o apoio à pré-candidatura de Eduardo Leite ao governo, e manteve a pré-candidatura do deputado estadual Gabriel Souza, Araújo disse que a aliança no

Estado vai se resolver “com naturalidade”.

“O Rio Grande do Sul vai ser o laboratório do que estamos vivendo aqui”, disse Araújo. O dirigente tucano argumentou que o PSDB “abriu mão de uma história [de candidatura] própria para preservar alternativas ao eleitor brasileiro”, e por isso, espera a mesma contrapartida do MDB gaúcho.

De um total de 46 votantes, que inclui as bancadas do Senado e da Câmara, foram 39 votos a favor da aliança, 6 contrários, e 1 abstenção. Considerando apenas a Executiva Nacional da legenda, foram 31 votos a favor, 1 contrário, do deputado e ex-presidente da sigla Aécio Neves (MG), e 1 abstenção, do vice-presidente da sigla e ex-prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior.

Outros votos contrários à aliança vieram dos aliados de Aécio: o presidente do diretório do PSDB em Minas, deputado Paulo Abi-Ackel, e do deputado mineiro Eduardo Barbosa. Também votaram contra a adesão a Tebet: os deputados Valdir Rossoni, do Paraná, Alexandre Frota, de São Paulo, e o senador Plínio Valério (AM).

Araújo negou que o partido tenha saído rachado da votação de hoje, porque obteve expressiva maioria dos votos. “Se essa demonstração é de racha, vou ter que aprender aritmética”, ironizou o dirigente tucano.

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