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Análise: Bolsonaro engaja “máquina” na campanha e sobe tom contra o TSE
O presidente Jair Bolsonaro montou uma força-tarefa para organizar as ações de campanha, mobilizando ministros e parlamentares de sua base como multiplicadores das ações do governo nos estados. Essa ofensiva foi deflagrada numa reunião ministerial que foi marcada por críticas às urnas eletrônicas e ataques ao Tribunal Superior Eleitoral.
Em resposta, o presidente da TSE, Edson Fachin, alertou que o Brasil corre o risco de enfrentar eventos semelhantes ao ocorrido no Capitólio, em 6 de janeiro do ano passado.
Em suma, permanece o clima de confronto entre Bolsonaro e a corte eleitoral, o que tende a alimentar as manifestações de rua previstas para 7 de setembro.
Na campanha de Lula, continuam as conversas com empresários para falar de economia e as agendas mais populares. Numa delas, no Rio de Janeiro, houve até um incidente com artefatos explosivos que preocupou os auxiliares de Lula. É o segundo episódio do gênero em atos da campanha do petista, mostrando o quão violenta tende a ser a disputa pela presidência.
O Congresso adiou a votação da PEC dos auxílios, que interessa muito ao governo e a Bolsonaro, pois permite o pagamento dos R$ 600 de Auxílio Brasil. Foi uma derrota da base governista, mas temporária, já que na semana que vem é bastante provável que o texto passe rapidamente na Câmara. O problema é o tempo: o governo tenta operacionalizar os pagamentos para o início de agosto, para que tenha efeito político mais rápido.
E foi uma semana importante para os palanques estaduais dos principais candidatos: em São Paulo, duas novidades: Marcio França, do PSB, desiste da candidatura a governador para apoiar Fernando Haddad, uma boa notícia para Lula. E o PSD, de Gilberto Kassab, fechou acordo para apoiar Tarcísio Freitas, uma boa notícia para Bolsonaro. Com a proximidade das convenções, mais novidades e até algumas surpresas nos estados podem vir por aí.
(Por Fábio Zambeli, analista-chefe do JOTA em São Paulo)
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